A empresa Santo Show Produções e Eventos Ltda., foi apontada como a responsável legal pela realização do show de Bruno e Marrone, marcado para o dia 21 de agosto em Corumbá, no Estádio Arthur Marinho e que acabou sendo cancelado e o dinheiro de quem já havia comprado ingresso, não foi devolvido. O Procon teve acesso ao contrato firmado entre a produção da dupla Bruno e Marrone e a Santo Produções, onde a empresa se coloca como contratante do show, que foi cancelado na tarde do dia 21. Na época, o motivo alegado foi a venda insuficiente de ingressos e a promotora de eventos, Thatiana Nantes, foi apontada como a responsável pelo ressarcimento.

“O Procon, após tomar conhecimento dos fatos, identificou a empresa Santo como responsável pelo show, conforme consta em propaganda e bilhetes do evento. A empresa, ao ser intimada, enviou, com atraso, sua resposta ao Procon, onde afirma que teria terceirizado o show, porém, essa terceirização não foi oficializada, não há nada que prove isso. Após essa constatação, o Procon entrou em contato com os representantes da dupla Bruno e Marrone, que nos enviaram a cópia do contrato, que estava em nome da Santo Promoções. O Procon então, agiu como deveria, aplicou a multa de cerca de 50 mil reais à empresa, além da suspensão temporária de suas atividades. A notificação foi recebida dia 17 de setembro e a empresa tem até o dia 27, ou para recorrer ou pagar a multa”, explicou o gerente do Procon de Corumbá, Alexandre Carmo Taques Vasconcelos.

O gerente ressaltou que apesar das medidas já tomadas, espera que a empresa entre em contato e um acordo seja firmado para que o dinheiro dos consumidores seja devolvido. “Nossa meta é tentar um acordo com a Santo Show, para que ela devolva o dinheiro daqueles consumidores lesados, bem como pague as despesas extras daqueles que tiveram que se deslocar de outras cidades, da fronteira, que tiveram despesas com hotel. Iremos aguardar agora a manifestação da empresa. O Procon fez o que lhe cabia, utilizando de todos os trâmites legais e levantando as provas necessárias para resolver os problemas gerados pela não realização do show”, concluiu.

O órgão de Defesa do Consumidor orientou que aqueles que compraram os ingressos, que aguardem a resposta e continuem guardando os bilhetes, pois somente assim, poderão reaver a quantia. Alexandre Vasconcelos reforça que aqueles consumidores que quiserem entrar com uma ação judicial por conta própria, que a façam, pois é direito de todos também serem indenizados pela situação constrangedora que passaram.