A sensação de cansaço e desgaste mental de trabalhadores e estudantes começa cedo para quem depende do transporte público, conforme uma trabalhadora que registrou imagens da linha 075 (Terminal General Osório/Terminal Guaicurus). Nesta sexta-feira (11), o atraso de 35 minutos causou novamente a superlotação do ônibus.
A trabalhadora, que preferiu anonimato, chegou ao Terminal Guaicurus às 6h06, contudo, a linha só chegou à plataforma às 6h43. Consequentemente, o atraso gerou tumulto e correria entre os passageiros que precisavam entrar no ônibus.
“A empresa não coloca reforço. Fui reclamar com o fiscal e ele nem saiu do lugar. Uns dizem que é falta de motorista e outros que os ônibus estão quebrando, que tem poucos ônibus rodando. Nisso, estou chegando atrasada todos os dias no trabalho. Meu horário no estágio é 7h, mas devido os atrasos na linha, às 7h30 estou na metade do percurso”, relata.
Superlotado
O fluxo do trânsito intenso no percurso do Terminal Guaicurus para a plataforma do Hércules Maymone também soma no atraso, por exemplo, a lentidão na Avenida Eduardo Elias Zahran. Para tentar evitar o desligamento na empresa, a estagiária passou a registrar a situação com imagens e vídeos, destacando os horários do serviço, que indiquem o frequente atraso.
“Uma humilhação todos os dias. Pensa se patrão vai entender isso com frequência. O consórcio não se preocupa em colocar mais ônibus e, principalmente, um ônibus articulado, porque o ônibus convencional não suporta o número de passageiros. Me sinto péssima em todos os dias ter que justificar (atrasos para a empresa), não por culpa minha, mas porque o consórcio não se preocupa com quem precisa do transporte público precário que nos oferecem”, desabafa.
Em nota, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), responsável pela regulação do serviço, informou que intensificará as fiscalizações e o monitoramento nas linhas mencionadas pela equipe de reportagem. Caso seja constatado que os problemas apontados ocorrem de forma recorrente, irá estudar medidas para resolver a situação, assegurando que os passageiros tenham um transporte de qualidade e eficiente.
Reforçou ainda que a responsabilidade sobre o efetivo de motoristas e a gestão direta das linhas é do Consórcio Guaicurus, operador do sistema de transporte coletivo.
“Esse compromisso com a fiscalização e o bom funcionamento das linhas reforça o papel da Agetran em oferecer um serviço de transporte público que atenda às necessidades da população com segurança e pontualidade, promovendo uma mobilidade urbana mais eficiente e responsável”, diz a nota.
A reportagem também procurou o Consórcio Guaicurus, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto para um posicionamento.
*Matéria atualizada às 17h57 para acréscimo de nota.
Confira o vídeo:
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