O Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, transferirá nos próximos dias a onça-pintada capturada em 24 de abril, no Pantanal sul-mato-grossense, que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, conforme boletim veterinário divulgado nesta quarta-feira (14).
A equipe do Governo do Estado informou que o animal respira normalmente, está se alimentando bem e mantém um quadro de saúde estável. Contudo, o hospital do Cras transferirá nos próximos dias o macho de 94 quilos. O destino será divulgado em breve.
Nos boletins anteriores, o Governo havia reforçado que, apesar da melhora, a onça não retornará à natureza. Logo, as complicações de saúde preexistentes e a dificuldade de se manter em seu habitat natural levaram à decisão de que o felino passará a viver em cativeiro.
Ataque da onça
Na última segunda-feira (12), laudo necroscópico que investiga a causa da morte de Jorge concluiu que, no dia 21 de abril, ocorreu um choque neurogênico agudo. Isso confirma que, de fato, uma onça atacou Jorginho – como era conhecido – no coração do Pantanal, em um pesqueiro na região do Touro Morto.
O laudo, que possui 13 páginas, traz detalhes da causa da morte do caseiro, que ganhou grande repercussão. Segundo o delegado Luis Fernando Mesquita, lotado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, o ataque ocorreu predominantemente na região da cabeça e pescoço.
“O Laudo Necroscópico foi elaborado e concluiu que a causa da morte procedeu-se em virtude choque neurogênico agudo por consequência de ação perfuro-contundente em ataque de animal carnívoro de grande porte, onça-pintada. A ação ocorreu predominantemente no segmento superior do corpo, atingindo a cabeça e a coluna cervical”, explicou Mesquita.
Portanto, as investigações continuam “e o Inquérito Policial será encaminhado ao Ministério Público após a sua regular instrução”, detalhou.
Confira o vídeo:
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