Os moradores do Jardim Aquarius I, em Campo Grande, estão impedidos de usar o carro após o temporal que atingiu a cidade nas últimas horas. Quem se arrisca a sair da residência com o veículo corre o risco de ficar atolado em meio a muita lama e buracos. Em vídeo enviado pelo Canal Fala Povo, é possível observar a água lamacenta escorrendo em meio ao cascalho disperso pelas ruas, oferecendo risco aos pedestres.
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Deste modo, os moradores são obrigados a sair de casa a pé e enfrentar o barro para chegar ao destino. Esse foi o caso de Daniela Aparecida da Silva Rodrigues Costa, de 45 anos, na manhã desta sexta-feira (25). Ela mora há 14 anos na Rua Maria Alves Coimbra e toda vez que chove a saga se repete.
“A situação é de precariedade, tanto a rua que não consegue entrar em casa como na questão das crateras”, reclama.
Ela explica que, nos dias de temporais, a chuva do Jardim Santa Emília escorre para o Jardim Aquarius, trazendo terra e obstruindo os bueiros e as bocas de lobo. Assim, sem ter para onde escorrer, a enxurrada se forma e ocasiona o caos na vida dos moradores.
“O carro não sai. Se sair, não volta. É muito barro, não tem como andar de carro, tive que pegar ônibus. Fora os tombos que a gente leva, a gente fica sem dignidade, parece porco vivendo na lama. É um bairro pequeno, a prefeitura poderia asfaltar, não daria trabalho. Fica uma situação insustentável”, se indigna.
Atrás da casa dela, na Rua Manoelita da Silva, um caminhão da coleta seletiva da Solurb ficou atolado na lama.
O Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para solicitar uma resposta sobre a situação no bairro. O espaço segue aberto para manifestações.
Temporal
Campo Grande foi castigada por uma chuva intensa nas últimas 24 horas, com os pluviômetros registrando um acumulado de 88,6 milímetros entre o início da manhã de quinta-feira (24) e as 7h50 desta sexta-feira (25). O volume impressiona ao se equiparar ao esperado para todo o mês de abril, que é de 89,4 milímetros, conforme dados do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).
A precipitação concentrada em um curto período provocou o transbordamento de córregos e alagamentos em diversos pontos da Capital. O município com o maior volume de chuva no mesmo período foi Nova Alvorada do Sul, com 90 milímetros, enquanto Rio Verde teve a menor marca, com apenas 7,4 milímetros.
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