O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande publicou um vídeo, nesta segunda-feira (14), alertando sobre casos de raiva. Desde o início do ano, 9 morcegos foram diagnosticados com a doença e 450 recolhidos em áreas urbanas da Capital.
No vídeo, a médica-veterinária Maria Aparecida Conche Cunha afirma que os animais recolhidos estavam em situações atípicas, caídos no chão e dentro de áreas urbanas de Campo Grande.
Devidos aos casos de animais contaminados, o CCZ reforça que todos os morcegos encontrados caídos podem estar contaminados. “Por mais que não seja um morcego hematófogo, que se alimenta de sangue, pode também portar o vírus e transmitir, acidentalmente, para qualquer outro animal que seja mamífero”, frisa.
Desta forma, a médica-veterinária também destaca a importância dos cuidados para evitar possível transmissão. “Ao encostar, mesmo que acidentalmente, procurar uma unidade de saúde 24 horas para que seja feita a avaliação e a necessidade de profilaxia antirrábica humana e, também, manter sempre os cães e gatos da residência, anualmente, vacinados contra a raiva”, ressalta.
Raiva é letal
Conforme o Ministério da Saúde, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive seres humanos. A doeça é causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae, e atinge o sistema nervoso central.
A raiva é incurável nos animais e fatal em 100% dos casos. A doença é uma zoonose, portanto, transmissível e letal aos seres humanos. A trasmissão em seres humanos ocorre pela saliva do animal infectado, principalmente, por meio de mordidas, arranhões e lambidas.
Em seres humanos, a raiva é letal em quase 100% dos casos e pode levar ao óbito de 2 a 7 dias, após a apresentação dos sintomas.
Medidas preventivas
Ao encostar, mesmo que acidentalmente, procurar uma unidade de saúde 24 horas para que seja feita a avaliação e a necessidade de profilaxia antirrábica humana e, também, manter sempre os cães e gatos da residência vacinados anualmente contra a raiva.
Vale destacar que a principal medida preventiva é a vacinação de cães e gatos, pois eles podem entrar em contato com morcegos contaminados e transmitir o vírus para humanos. Em Campo Grande, não existe uma região mais alarmante de casos de morcegos contaminados com raiva, portanto, todos devem estar atentos.
Além disso:
- Não toque em morcegos, vivos ou mortos;
- Encontrou um morcego caído? Solicite uma equipe da CCZ pelos telefones (67) 3314-5000 ou (67) 2020-1794. Até que a equipe chegue oa local, é importante isolá-lo com pano, ou balde, algo que impeça a aproximação de outros animais da residência.
- Em caso de qualquer tipo de contato com morcego, procure imediatamente uma Unidade de Saúde mais próxima.
Os morcegos são protegidos pela Lei Federal 9.605, de fevereiro de 1998, e não devem ser caçados ou mortos. Eles são extremamente importantes para manutenção do equilíbrio ambiental, pois fazem a polinização de plantas, disseminam sementes e controlam a população de insetos.
O CCZ não realiza
- Captura de morcegos em locais altos;
- Desalojamento;
- Higienização de telhados e outras áreas habitadas.
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