A manhã deste sábado (28) voltou a ser marcada pela precariedade do transporte público em Campo Grande. Passageiros da linha Centenário/Terminal Aero Rancho precisaram empurrar o veículo 2719, após o ônibus apresentar problemas.
Em vídeo enviado ao Jornal Midiamax, passageiro relata: “Olha a situação, nós termos que empurrar ônibus”. O registro é acompanhado de uma mensagem de texto: “Os trabalhadores, nas primeiras horas da manhã, já rodam em ônibus estragado. Vergonhoso”.
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Este é mais um caso que se soma a pelo menos três outros episódios registrados nesta semana.
No dia 25, data em que ocorreu a audiência pública para ouvir a população sobre a experiência no uso dos coletivos na Capital, vários passageiros precisaram descer de um ônibus quebrado e esperar outro veículo em meio ao frio de 8°C. A situação aconteceu na Avenida Bandeirantes.
Já no dia 26, o veículo 3146, da linha Los Angeles/Terminal Guaicurus, precisou ser recolhido para o pátio do Consórcio Guaicurus após ter os bancos quebrados durante a rota.
Ainda naquela manhã, outro ônibus da empresa quebrou na Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande. Lotado, o veículo que fazia a linha 061 quebrou quando seguia em direção ao shopping. Muitos trabalhadores decidiram seguir o trajeto a pé.
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Mais de 90 ônibus para substituir
Durante a CPI do Transporte Público, na Câmara de Vereadores, ficou comprovado que é preciso substituir ao menos 98 veículos sucateados das ruas da Capital.
Na última sexta-feira (20), expirou o prazo estipulado pela Prefeitura de Campo Grande para que o Consórcio Guaicurus fizesse a troca dos veículos velhos por outros que estivessem dentro da idade estipulada em contrato. No entanto, a empresa ignora o fato de que sua frota compromete a vida do trabalhador campo-grandense.
Ao Midiamax, a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) informou que o Consórcio Guaicurus apresentou recurso para se livrar da obrigação de substituir os ônibus sucateados.
A reportagem buscou a empresa, que até o momento não se manifestou sobre o assunto.
Crise de reputação
Enfrentando dilemas não somente com a sua frota, o Consórcio Guaicurus também encara uma crise de reputação após terem sido escancaradas as precariedades na gestão do transporte coletivo de Campo Grande.
Nesta semana, novas repercussões da CPI que investiga a empresa e o serviço prestado amplificaram a voz insatisfeita dos usuários, que não suportam mais enfrentar a superlotação, o descaso com passageiros e o sucateamento dos veículos.
Na quarta-feira (25), a audiência pública transmitida diretamente da Praça Ary Coelho permitiu que a população expusesse suas queixas. Os relatos não condizem com um serviço que custa milhões aos cofres públicos e ainda demanda pagamento de passagem pelos usuários.
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