Quanto você estaria disposto a pagar por um casal de galo e galinha? E por um par de pintinhos? A comercialização destes animais foi a forma que uma família de venezuelanos, recém-chegados a Campo Grande, encontrou de conseguir dinheiro para se manter no Brasil.
O ponto de vendas escolhido foi a Avenida Afonso Pena, próximo ao numeral 1206, um dos pontos mais movimentados da cidade. A cena, por si só, é bastante curiosa e chama atenção.
Humilde, o ‘comerciante’ Willian Eduardo Guanaweiy, de 49 anos, explica que trouxe os animais direto de seu país, para tentar comercializá-los e, dessa forma, tirar algum sustento para recomeçar. Quanto ao preço, Willian anuncia que um casal de pintinhos sai a R$ 100, já o galo e a galinha R$ 1 mil. Mas, se for bom de lábia e souber negociar, o imigrante oferece um desconto.

“Estamos aqui neste semáforo com a intenção de vender para poder alugar uma casa. Nós somos gente de trabalho. A mim me dá muito vergonha pedir, então eu tenho meus animaizinhos, e prefiro aqui [vender]”, resume.
O homem conta que chegou há apenas seis dias na capital sul-mato-grossense, junto com a esposa e o filho. Eles decidiram deixar a Venezuela para buscar melhores condições de emprego e sustento no Brasil, além de conseguir um tratamento de saúde para a esposa. No momento, ele e a família estão morando na rua, pois não receberam acolhimento de nenhuma intuição de apoio aos imigrantes.
Willian explica que, no momento, sua prioridade é encontrar um emprego e tentar se estabilizar, principalmente para que a esposa possa se recuperar de seu estado de saúde. Ele conta que faz bicos como pintor e serviços na construção civil. Na Venezuela, trabalha como mestre de obras. “Viemos ao Brasil com a intenção de arrumar emprego, e que algum médico veja se pode operar [a esposa]”, expressa.
Willian explica que o único lugar da cidade que ele e a família conhecem é a Afonso Pena, e que eles não sabem como conseguir acolhimento ou regularizar sua situação imigratória no país. Quem puder ajudar a família, o ponto de vendas é na Avenida Afonso Pena, próximo ao numeral 1206.
A reportagem também entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande e instituições de acolhimento, para questionar a respeito de abrigo para a família, bem como orientações para regularizar a situação imigratória.
“Somos muito agradecidos aos irmãos do Brasil. A ajuda que nossos irmãos do Brasil podem nos dar é com trabalho. De pintura, de grafite, massa corrida, tudo que seja de construção, será bem-vindo”, finaliza.

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