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Cotidiano

Vacina prevista no SUS para este ano é esperança para frear alta de bronquiolite em MS

Anunciada em fevereiro, a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório deve ser incorporada ao SUS apenas no segundo semestre de 2025
Lethycia Anjos -
SRAG
Unidade de atendimento em Campo Grande (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Em meio ao surto de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), a incorporação de novas tecnologias ao SUS (Sistema Único de Saúde) promete trazer alívio para o principal grupo de risco para a doença: bebês e crianças pequenas. Em Campo Grande, já são 1.373 casos notificados de SRAG e 113 mortes registradas em 2025.

Do total, 281 estão classificados como infecção pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), principal causador da bronquiolite e pneumonia. Dentre eles, 185 acometeram bebês com menos de 1 ano. Os dados são do Painel de Síndromes Gripais e Respiratórias da CIEVS (Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), conforme atualização da última terça-feira (13).

A SRAG engloba casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória. As causas variam e incluem o vírus sincicial respiratório, influenza, Covid-19, rinovírus, entre outros agentes virais.

Incorporação da vacina ao SUS

Para conter esse avanço, o Ministério da Saúde anunciou, em fevereiro, a incorporação de duas novas tecnologias ao SUS. A vacina de anticorpo monoclonal Nirsevimabe, indicada para bebês prematuros e crianças com comorbidades; e a vacina recombinante Abrysvo (Pfizer), destinada a gestantes. No entanto, ainda não há uma data definida para que ambas estejam disponíveis na rede pública.

Atualmente, essas vacinas estão disponíveis somente na rede privada, com preços que variam de R$ 1.599 a R$ 1.760, podendo chegar a R$ 4 mil. No Brasil, a vacina Arexvy (GSK) é indicada para idosos, enquanto a Abrysvo (Pfizer) pode ser aplicada em idosos, gestantes e pessoas com comorbidades a partir dos 18 anos. Já o anticorpo monoclonal Nirsevimabe (Beyfortus) está recomendado para bebês com menos de dois anos.

Com a inclusão no SUS, a meta é reduzir internações e mortes relacionadas ao VSR. Entre 2018 e 2024, o Brasil registrou mais de 83 mil internações de bebês prematuros por complicações ligadas ao vírus, como bronquiolite e pneumonia.

Estratégia combinada pode proteger até 2 milhões de bebês

Em fevereiro, o Ministério da Saúde informou que estudos apresentados à Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) apontam que a vacinação de gestantes pode evitar até 28 mil hospitalizações por ano.

A estratégia de imunização prevê ações ativas e passivas. Isso porque, com a vacina administrada durante a gestação (imunização ativa), os anticorpos passam da mãe para o bebê; e com a vacina nirsevimabe (imunização passiva), há proteção imediata. A combinação pode proteger cerca de 2 milhões de bebês nos primeiros meses de vida, período em que estão mais suscetíveis a infecções respiratórias graves.

SRAG
Crianças são as principais vítimas da bronquiolite (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Nirsevimabe (Beyfortus): anticorpo monoclonal que oferece proteção imediata contra o VSR, sem necessidade de estimular o sistema imunológico da criança. Indicado especialmente para prematuros e crianças menores de dois anos com comorbidades.

Vacina recombinante Abrysvo: aplicada em gestantes, induz a produção de anticorpos transferidos ao feto durante a gestação, protegendo o recém-nascido nos primeiros seis meses de vida.

A adoção dessas tecnologias resulta da articulação entre a SAPS (Secretaria de Atenção Primária à Saúde), o PNI (Programa Nacional de Imunizações) e o SECTICS (Departamento de Assistência Farmacêutica).

Vírus Sincicial Respiratório

Responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos, o VSR é altamente prevalente. Estimativas indicam ainda que uma em cada cinco crianças infectadas precisará de atendimento ambulatorial, enquanto uma em cada 50 pode precisar de hospitalização no primeiro ano de vida.

Até agora, a única alternativa preventiva disponível no SUS era o palivizumabe, voltado a casos de maior gravidade. Com a chegada do nirsevimabe, a expectativa é ampliar a proteção para mais 300 mil crianças além do atual público-alvo.

Em nota, o Ministério da Saúde, por meio do DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunizações), informou que, em março, realizou uma reunião com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização para definir a estratégia de implementação e iniciar o processo de aquisição das novas tecnologias.

“A previsão é que, a partir do segundo semestre deste ano, os bebês nascidos no Brasil receber a proteção por uma estratégia de profilaxia. Além disso, gestantes poderão receber uma dose da vacina, transmitindo aos bebês imunidade contra o vírus sincicial respiratório por até seis meses”, informou o Ministério.

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