Começa neste domingo (27) a vacinação contra a gripe para a população campo-grandense. A vacina foi liberada para o público em geral após o aumento nos casos de síndrome respiratória e déficit de leitos na rede pública de saúde.
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Quem deseja atualizar a caderneta pode ir à Igreja Universal – local onde acontece a ação – a partir das 8h, na Avenida Mato Grosso, 921, na região central de Campo Grande. Com encerramento às 14h.
No local, além de imunizar contra a gripe, a população terá a oportunidade de atualizar a carteirinha com imunizantes do calendário municipal, como Hepatite, Tríplice Viral, DTP, Influenza, COVID-19 e outros. Não estarão disponíveis as doses com calendário específico.
Imunização em todas as unidades de saúde
A partir de segunda-feira (28), o imunizante também estará disponível em todas as unidades de saúde, além de outros cinco pontos estratégicos – ainda não anunciados – para reforçar a imunização.
Conforme a secretária da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite de Melo, 200 mil doses foram enviadas à Capital, mas apenas 56 mil foram aplicadas. Isso indicaria que apenas 1/3 do público prioritário se imunizou desde o início da Campanha de Vacinação. Apesar disso, a recomendação é que essas pessoas priorizem a ida às unidades de saúde e garantam a proteção.
“Embora a Sesau tenha ampliado, o idoso, a gestante e a criança devem se vacinar, porque essa é a população que adoece, hospitaliza, agrava, até vai a óbito em decorrência da doença”, pontua.
Situação de Emergência
Há quase um ano, em 30 de abril de 2024, Campo Grande decretava situação de emergência na saúde diante do déficit de leitos pediátricos. O decreto foi publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), neste sábado. Conforme boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Mato Grosso do Sul registrou 1.940 hospitalizações por SRAG neste ano e 27 mortes.
Durante o encontro, foi informado que nenhum hospital da rede privada dispõe ou tem capacidade de ampliar leitos para atender à demanda do SUS (Sistema Único de Saúde), especialmente para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica.
Conforme a titular da Sesau, a medida irá permitir que o Executivo adote estratégias operacionais para melhorar o atendimento à população.
Entre elas, está a possibilidade de transferir crianças do Pronto Atendimento Infantil, no Bairro Tiradentes, para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Universitário ou Coronel Antonino. As duas unidades de saúde operam 24 horas e teriam estrutura para receber os pacientes.
Atualmente, a norma do Ministério da Saúde aponta que o paciente precisa ser transferido para um hospital depois de 24 horas de internação em uma unidade de saúde.
“Nós vamos fazer um trabalho conjunto. O Pronto Atendimento Infantil e essas duas UPAs vão trabalhar como se fosse um conjunto. De repente, um paciente que vai para o Pronto Atendimento, ele não está com uma situação tão grave, mas precisa ficar em observação dois ou três dias, ele vai para essa outra UPA, nós transferiremos, nós fazemos toda essa sistemática”, explica.
O Pronto Atendimento Infantil irá se tornar referência para internação dos casos mais graves diante da falta de leitos em hospitais, já que dispõe de uma infraestrutura mais especializada.
“O que é esse plano de contingência? O Pronto Atendimento Infantil, onde nós temos pediatras 24 horas, fisioterapeutas, nutricionistas, equipamentos de fisioterapia […] nós colocaremos os casos mais graves, porque o manejo é melhor. Os dados que analisamos depois da implantação do Pronto Atendimento Infantil nos dão essa certeza e essa segurança de que lá é um local onde as crianças serão bem atendidas”, explicou.
Casos devem aumentar e vacinação liberada
A reunião também apontou o aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Campo Grande e em todo Mato Grosso do Sul. De acordo com boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a tendência é de alta nas próximas quatro a seis semanas.
Diante dessa perspectiva, o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Maurício Simões, teria comunicado à SESAU a tentativa de abrir dez leitos no interior, possivelmente em Três Lagoas, para “desafogar” a demanda da Capital.
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