Mato Grosso do sul permanece em alerta sobre os baixos índices de umidade do ar. A situação é crítica em todo o Estado, mas algumas cidades enfrentam índices menores que 12% — o que é considerado de grande perigo, devido aos riscos à saúde. Enquanto a chuva não chega, a população precisa redobrar os cuidados.
Conforme o Cemtec-MS (Cento de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), a umidade relativa do ar permanecerá baixa, com valores mínimos entre 8% e 20% na maior parte de Mato Grosso do Sul. O centro também indica que a situação se estende pelos próximos dias, afinal, não há previsão de chuva até o dia 19 de agosto. Depois disso, há uma pequena possibilidade, porém, somente nas regiões sul e sudoeste.
Essa condição meteorológica, com presença de ar seco, favorece a alta amplitude térmica diária; sendo assim, as diferenças de temperaturas mínimas e máximas podem exceder os 20°C no mesmo dia.
Segundo critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50% e 60%, e Mato Grosso do Sul apresenta índices muito abaixo disso.

Cartilha de orientação da Vigidesastres (Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Desastres), da SES (Secretaria Estadual de Saúde), reforça que a baixa umidade do ar pode desencadear diversos problemas de saúde.
Entre as possíveis complicações, estão: quadros alérgicos, doenças pulmonares, sangramento no nariz, dores de cabeça, desidratação, ressecamento de olhos, boca e pele, eletricidade nas pessoas ou nos equipamentos eletrônicos, além de outras ocorrências.
As recomendações para superar o tempo seco e reduzir os riscos são: ingerir bastante água, umidificar o ambiente, evitar exposição ao sol e atividades físicas nos horários mais quentes, além de redobrar a atenção quanto ao uso de fogo e ao descarte de materiais que possam provocar incêndios.
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Portanto, ao notar sinais graves, é necessário procurar atendimento médico. Além disso, é fundamental reforçar a atenção aos sintomas, principalmente nas crianças e nos idosos, pois são mais suscetíveis à desidratação.
Ao Jornal Midiamax, o diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Dr. Paulo Eduardo Limberger, ressalta que, além do tempo seco e do calor intenso, os incêndios também contribuem para queda na qualidade do ar e para o aparecimento de doenças respiratórias.
O médico explica que pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter seus sintomas agravados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”.
Cuide-se
- Hidrate-se constantemente: beber água regularmente é essencial, principalmente para crianças e idosos que podem não perceber a necessidade de se hidratar. Ofereça líquidos diversas vezes ao dia e monitore o estado de hidratação.
- Evite atividades físicas nos horários mais quentes: praticar exercícios ao ar livre deve ser evitado entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar estão mais elevadas.
- Cuide da pele e dos lábios: use hidratantes ricos em emolientes logo após o banho e durante o dia. Para os lábios, um protetor labial ajuda a prevenir rachaduras e desconforto.
- Proteja os olhos: o uso de lágrimas artificiais pode aliviar a irritação ocular em ambientes secos.
- Evite banhos quentes e longos: prefira banhos curtos e frios para não remover a oleosidade natural da pele, que ajuda na proteção contra o ressecamento.
- Umidifique os ambientes: utilize umidificadores de ar para manter a umidade em níveis confortáveis (entre 40% e 60%). Essa prática alivia o ressecamento das vias respiratórias e da pele.
- Ventile os ambientes: embora a umidificação seja importante, garantir a circulação de ar fresco evita o acúmulo de alérgenos e melhora a qualidade do ar interno.
- Soluções salinas nasais: o uso de soro fisiológico nas narinas ajuda a manter as vias respiratórias umedecidas, prevenindo irritações.
- Cuidados com grupos vulneráveis: crianças e idosos devem ser monitorados e estimulados quanto à hidratação e ao conforto em ambientes secos.

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