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Cotidiano

UFMS atribui baixos salários à falta de professores do curso de Medicina

Acadêmicos escreveram uma carta aberta sobre os problemas e organizam uma greve como forma de protesto
Priscilla Peres -
Campus da UFMS em Três Lagoas (Divulgação, UFMS)

A (Universidade Federal de ) admite que a baixa remuneração salarial é o principal motivo para a falta de professores qualificados no curso de Medicina no campus de . Acadêmicos estão protestando contra a situação.

Ainda em nota, a UFMS afirma que o desafio é nacional e tem aberto constantemente novos concursos para professores efetivos e substitutos. E ainda afirma que o “curso de Medicina em Três Lagoas é nota máxima no MEC e, neste ano, a UFMS aprovou e iniciou o primeiro programa de residência médica do município de Três Lagoas”.

Os estudantes estão preocupados com a qualidade da formação que estão recebendo, pedem melhorias no ensino oferecido no curso e querem parar de frequentar as aulas como forma de protesto. Eles escreveram uma carta aberta com detalhes dos problemas.

“Diversas disciplinas do curso, especialmente em áreas extremamente necessárias e importantes como Neurologia, Gastroenterologia e Reumatologia, não estão sendo ministradas de maneira completa, comprometendo gravemente a formação dos estudantes. O descumprimento da carga horária obrigatória dessas áreas resulta em uma formação deficitária, deixando lacunas irreparáveis no aprendizado médico”, diz a carta.

Clínica escola fechada

Os alunos de medicina também reclamam que a Clínica Escola Integrada está fechada há quase três anos. Segundo eles, a estrutura foi equipada com mobiliário adequado graças à mobilização dos alunos pelo recurso.

Mesmo assim, o espaço está fechado, “comprometendo a formação médica no município, bem como impossibilitando a população de mais um recurso de atendimento que poderia melhorar a vida das pessoas”.

Eles alegam ainda que há deficiência na disponibilidade de salas de aula, o que compromete as atividades acadêmicas. Estudantes relatam que é comum não terem salas disponíveis para aulas e já ficaram no corredor.

“Reivindicamos a garantia de salas de aula fixas e uma organização efetiva do cronograma acadêmico, assegurando um planejamento estável e previsível para todos”, diz a carta.

Infraestrutura precária da UFMS

Além da falta de salas suficientes para as aulas, outras falhas na infraestrutura incomodam os alunos, como ar-condicionado quebrado em laboratórios e elevador com defeito há mais de um ano.

O fechamento do RU (Restaurante Universitário) também foi abordado na carta. “Com auxílio-alimentação para uma quantidade reduzida ao mínimo de estudantes, sendo que muitos outros ficaram descobertos e estão passando por dificuldades”.

Em fevereiro deste ano, a UFMS interditou o restaurante universitário de Três Lagoas e reincidiu contrato com a empresa por suspeita de fraude. Conforme apurado nas investigações, mesmo após o fechamento do refeitório no campus, na manhã de segunda-feira (24), refeições eram registradas como entregues, indicando superfaturamento.

Ainda segundo a polícia, há indícios de que o grupo envolvido simulava a compra diária de mais de 100 refeições com carteirinhas estudantis. Ou seja, registrava o consumo maior do que realmente era entregue.

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