Utilizar o transporte coletivo de Campo Grande está cada dia mais difícil, seja pela superlotação, danos nos veículos ou demora entre uma linha e outra. Na manhã desta quinta-feira (20), das 5h às 6h30, três casos de má prestação de serviço do Consórcio Guaicurus foram comunicados ao Midiamax.
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O primeiro ocorreu na Avenida Ministro João Arinos. Um ônibus da linha 517 – Leon Denizart / T. Hércules Maymone quebrou quando seguia sentido bairro/centro, lotado de passageiros. Sem informações sobre o que havia quebrado no veículo, os usuários foram orientados a esperar no ponto de ônibus mais próximo até que um veículo reforço fosse enviado.
Nilza Brás, de 59 anos, seguia para o trabalho quando o ônibus quebrou. Ela conta que é comum fazer o trajeto em veículos de frotas antigas e barulhentas. “Os ônibus vêm parecendo carroça. Eu pego três ônibus para ir e três para voltar. Os ônibus são todos lotados, a gente vai espremido”, conta. A falta de frota eficiência exige que Nilza saia de casa por volta das 5h, para estar no trabalho às 7h. Duas horas de muito estresse e descaso.
Ana Carolyne, de 20 anos, também chegará atrasada ao trabalho. A passageira conta que precisa pegar dois ônibus e andar 30 minutos até chegar no trabalho.
“É complicado, essa não é a primeira vez que um ônibus quebra, já aconteceu outras vezes, aí todo mundo desce e tem que ficar esperando o outro vir”, lamenta.
Portas danificadas

“Aqui fala uma trabalhadora cansada de chegar atrasada por causa de péssimos ônibus. Sem condições!”. Esta é a reclamação de uma leitora que, exausta, procurou a reportagem para denunciar a prestação de serviço do Consórcio.
Ela explica que sempre utiliza a linha 137 – T. Guaicurus / T. Hércules Maymone, mas nos últimos dias o ônibus não tem passado nos horários corretos.
“Quando o ônibus vem, está completamente sem força. Essa semana cheguei meia hora atrasada no trabalho. Pensei em pegar o 102, mas ele também estava atrasado. Diversas pessoas ficam para trás. Os motoristas fazem o que podem”, conta.
Na manhã desta quinta, além do atraso, a usuária se deparou com um veículo de portas danificadas que, mesmo após serem acionadas, ficavam semi-abertas. “Descaso completo! E pra entrar na frente, nós que temos que abrir a porta com as mãos”, pontua.
Terminais superlotados
Nos terminais, o caos não é menor. Também na manhã desta quinta, uma usuária entrou em contato com o Midiamax questionando a demora do transporte e a superlotação dos terminais.
“É essa saga todos os dias de quem depende da linha 075. Não tem um fiscal para ajudar. Quando chega um ônibus, não cabe nem a metade de quem espera”, lamenta.
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