O Sticcg (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande) apresentou denúncia no Ministério Público contra o frigorífico NFL, após a confusão que resultou na demissão de aproximadamente 40 trabalhadores, na manhã desta sexta-feira (28), quando os funcionários fizeram uma manifestação na frente da empresa, que fica a 6 quilômetros à frente do Bairro Moreninhas, às margens da BR-163, em Campo Grande.
A informação sobre a representação no Ministério Público foi confirmada pelo presidente do Sticcg, Vilson Gregório. “Fizemos a representação no Ministério Público e já conversamos com o procurador. Denunciamos as práticas ilegais da empresa e o nosso próximo passo será ingressar uma ação judicial. Pediremos pagamento de danos morais aos trabalhadores”, afirma.
À reportagem do Jornal Midiamax presidente do sindicato ressalta que a medida foi adotada devido ao não cumprimento dos pedidos protocolados ainda em dezembro de 2024. “A empresa não cumpriu com o que pedimos e hoje quando fomos cobrar colocou todo mundo pra fora”, justifica.
Empresa nega acusações
Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o proprietário da empresa Lucas Miranda Oliveira, nega as acusações feitas por trabalhadores e pelo Sticcg. “Eles estão recebendo tudo o que têm direito”, garante.
Sobre a confusão que resultou na demissão em massa, o proprietário do frigorífico diz que vai adotar as medidas judiciais em relação ao caso.
“Vamos tomar as providências necessárias e representar contra o sindicato por questão de respaldo”, frisa. Já sobre os funcionários demitidos, o proprietário da NFL assegura que “receberão o que têm direito”.
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Entenda o caso
Na manhã desta sexta-feira (28), a empresa demitiu cerca de 40 funcionários após uma manifestação que acabou em confusão entre empregados, sindicato e a administração do frigorífico.
Trabalhadores que atuavam na área de corte de carnes cobravam reajuste do auxílio transporte de R$ 200 para R$ 350. Segundo o presidente do sindicato, atualmente o valor é pago por meio de uma cartão alimentação e não pode ser utilizado para abastecimento.
“Desde dezembro pedimos que fosse R$ 350 porque o valor pago não é suficiente. Além disso, a empresa paga com cartão alimentação, assim o trabalhador não consegue usar o valor para combustível”, alega.
Durante a manifestação, houve xingamentos e ameaças de agressão física. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação.