Dados do Ministério da Saúde, atualizados nesta quarta-feira (3), mostram que mais de 47 mil pessoas estão na fila de espera por transplantes de órgãos no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, a lista de espera conta com 253 pacientes.
O transplante mais aguardado é o de rim, com 239 pessoas na fila. Além disso, há 11 pacientes esperando por um transplante de fígado e três aguardando por um coração compatível.
A lista de espera mostra que, dos 253 pacientes em Mato Grosso do Sul, 143 são homens, a maioria na faixa etária de 50 a 64 anos.
Entre as 110 mulheres que aguardam transplantes no Estado, a maioria também está na mesma faixa etária, de 50 a 64 anos.
A fim de incentivar a doação de órgãos em Campo Grande, em 2018, foi sancionada a Lei 6.102/2018, que instituiu o ‘Setembro Verde‘. Sendo assim, o mês é dedicado às campanhas de conscientização.
Processo de Doação
O enfermeiro Guilherme Fernandes, coordenador da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do Humap-UFMS (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), destaca que o processo de doação envolve várias etapas.
Em primeiro lugar, é fundamental que a pessoa manifeste, em vida, o desejo de doar seus órgãos. Após isso, há outros requisitos: a constatação de morte encefálica para a doação de órgãos e a parada cardiorrespiratória, que é exigida apenas para a doação de tecidos, córneas, vasos sanguíneos, pele, ossos e tendões.
O processo envolve a comissão responsável, que atua junto à família; a realização de exames de compatibilidade e para detecção de doenças; a retirada do órgão; o transporte e, por fim, a realização da cirurgia de transplante.
“A Cihdott desempenha um papel essencial, tanto na identificação de potenciais doadores quanto no apoio à família durante a internação, esclarecendo dúvidas e oferecendo suporte”, explica o enfermeiro.
Doações
É importante ressaltar que a maior parte das doações ocorre após a morte do doador, sendo necessária a autorização da família, que deve respeitar a vontade do ente querido. Por isso, é fundamental que a pessoa informe seus familiares sobre a decisão de ser um doador.
Além das doações pós-morte, também existem os transplantes entre vivos, como o de um dos rins (o doador falecido fornece os dois), parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões. Em todos esses casos, é necessária a compatibilidade sanguínea, além de exames para identificar o doador com maior chance de sucesso.
Para mais informações sobre a lista de transplantes, consulte os dados no site do Ministério da Saúde.

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(Revisão: Dáfini Lisboa)