Nesta quarta-feira (30), famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloqueiam, com pneus e galhos de árvores, a BR-163, no início do viaduto José Dib, saída para São Paulo. Cerca de 100 pessoas participam do protesto desde às 05h.
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Todo o trânsito está interditado e não há previsão de liberação da via. Apenas carros ligados às áreas da saúde e educação têm autorização para trafegar.
Conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que realiza fiscalização no local, estima-se cerca de 2 quilômetros de veículos parados no sentido Guaicurus/Rodovia. O Corpo de Bombeiros Militar e a CCR MSVia também estão no local.
Desde o início do mês, grupos do MST reivindicam políticas públicas na Jornada de Lutas pela Reforma Agrária e solicitam reunião com o presidente do Incra Nacional.
Douglas, representante da Coordenação Estadual do MST, afirma que as pautas do Movimento não estão sendo atendidas e por este motivo retornaram à BR-163.
“Nós conversamos com o superintendente do INCRA, já tivemos várias reuniões com o presidente do INCRA, já tivemos seminários, mas a nossa pauta não está sendo atendida. A gente não quer mais conversar a nível estadual, a gente quer conversar com o pessoal da nacional, e se a nossa pauta não for atendida, vamos continuar bloqueando e parando aqui o estado de Mato Grosso do Sul“.
Conforme o representante, além do trecho na BR-163, manifestantes também estão na sede do Incra de Campo Grande.
Reunião prevista
Os manifestantes esperam que uma reunião com Paulo Teixeira seja confirmada para segunda-feira (5). Solange Fernandes de Sá, coordenadora estadual do movimento MCLRA (Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária), afirma que a indignação do grupo se deve, principalmente, a falta de reforma agrária em Mato Grosso do Sul. “Temos famílias acampadas às margens da BR há mais de 20 anos. A seleção de reforma agrária é muito lenta”.
Já Sandra Soares, representante da União Geral dos Trabalhadores, pontua que desde a semana passada estão tentando negociar com o INCRA Nacional a vinda de representante ao estado, sem sucesso.
“Precisamos conversar diretamente com o ministro. Queremos também uma agenda com o Governo do Estado para tratar questões da truculência contra os acampados. Nós estamos aqui reivindicando áreas na região de Sidrolândia, área que já são da União e que precisam ser distribuídas para os trabalhadores rurais”.
Na segunda-feira, o grupo se reuniu com o INCRA. Segundo Sandra, o saldo não foi positivo, pois foi solicitado que o grupo fosse até Brasília dialogar. No entanto, eles esperam que todas as tratativas sejam resolvidas em MS.
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