Moradores de rua amanheceram em frente ao Centro POP da Rua Joel Dibo, em Campo Grande, apesar da unidade não oferecer assistência aos finais de semana.
Deitados sobre cobertores e alguns colchonetes estendidos na calçada, cerca de 15 pessoas concentravam-se em frente ao muro da unidade de acolhimento.
Ao Midiamax, os desabrigados relataram sofrer com a falta de apoio aos finais de semana. Sem um ambiente para tomar banho, comer e realizar necessidades básicas, eles buscam alternativas para driblar os desafios de viver nas ruas da Capital.
Segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/POLOS-UFMG), cerca de 1.091 pessoas vivendo em situação de rua, das quais 1.064 estão inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais.
Estrutura precária
À reportagem, os vulneráveis alegaram estrutura precária no Centro POP. De acordo com os relatos, apenas um banheiro atende cerca de 100 pessoas.
Faltam cobertores, chuveiros estariam danificados e a demanda sobrecarrega a pouca equipe que atua na unidade.
Acerca do acolhimento, eles afirmam que apesar do suposto abandono por parte do Poder Público, os servidores se esforçam para amparar a população de rua buscando oferecer a melhor assistência possível.
O que diz a SAS
Apesar de relatos de moradores de rua sobre a ausência de suporte nos fins de semana, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) de Campo Grande reforça que o atendimento à população em situação de rua ocorre de forma ininterrupta, todos os dias da semana, incluindo sábados, domingos e feriados.
A assessoria de imprensa da pasta esclarece que o Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) realiza um trabalho ostensivo ofertando acolhimento, encaminhamentos, atendimentos psicossociais e jurídicos, além de ações como entrega de cobertores, regularização de documentos e intermediação de vagas de emprego em parceria com a Funsat.
A SAS também afirmou que, embora o Centro Pop, principal referência para esse público, funcione apenas em dias úteis, qualquer pessoa pode buscar diretamente uma das unidades de acolhimento da rede municipal nos fins de semana.
Nessas unidades, são oferecidos quatro refeições diárias, espaço para higiene pessoal e atendimento técnico. A secretaria pontua ainda que o acolhimento é uma oferta e não uma imposição, respeitando a decisão individual de aceitar ou não o serviço, conforme previsto na Constituição Federal.
Para acionar o Seas, a população pode entrar em contato pelos telefones (67) 99660-6539 e 99660-1469.
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