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Cotidiano

Rui Barbosa ‘morreu’ após instalação de corredor de ônibus em Campo Grande, diz relatório

Outro dado alarmante é com relação ao declínio populacional de 65%
Graziela Rezende -
Estações de pré-embarque na Rua Rui Barbosa. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Portas fechadas, muitas placas de aluga-se ou vende-se e uma morosidade que chega a dar tristeza em quem acompanhou o intenso fluxo na Rua Rui Barbosa, localizada no coração de , há alguns anos. Segundo relatório técnico da CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas), a chegada do terminal de ônibus na região impactou extremamente os pequenos negócios, dependentes do fluxo de usuários do transporte público. Ou seja, desviaram os pedestres sem qualquer análise de impacto prévio ou medidas do poder público.

Outro dado alarmante é com relação ao declínio populacional. Ainda conforme o estudo e dados do Censo, a população residente na região central caiu de 71.037 em 2010 para 61.653 em 2022, sendo a única área da cidade que “perdeu habitantes”. A moradia no quadrilátero central (Ruas Rui Barbosa, Calógeras, 26 de Agosto e ) decresceu 65%.

Uma questão a ser avaliada é a ausência de creches, principalmente para mães trabalhadoras, além da falta de , banheiros públicos e a rede hospitalar, já que mesmo com a robusta estrutura da Santa Casa e o Hospital Adventista do Pênfigo, há sobrecarga e carência de serviços preventivos.

Diferente das décadas de 80 a 90, quando Campo Grande viu o auge do comércio, saúde, moradia e conveniência urbana no Centro. Na época, a região ainda contava com o terminal rodoviário intermunicipal e muitos chegavam e utilizavam os serviços para reabastecer despensas e utilizar os serviços de saúde.

Redução afetou, principalmente, pequenas e médias empresas

Sendo assim, o estudo aponta que, mesmo com os R$ 60 milhões de investimento no programa Reviva Centro, a região enfrenta esvaziamento econômico, social e habitacional.

(CDL-CG/Divulgação)

A redução afetou, principalmente, pequenas e médias empresas: transações comerciais caíram 60%, de 12,5 mil ao dia para 5 mil; o faturamento varejista caiu 55%, de R$ 25 milhões ao mês para 11,25 milhões ao mês; mais de 800 vagas de estacionamento foram perdidas e o impacto é que dificuldade de acesso reduz a permanência dos clientes, entre outras questões.

O relatório da CDL-CG mostra também que o tráfico de drogas e furtos se tornou um problema, além do “abandono urbano”, finalizando com um apelo ao poder público, sugerindo melhoria da infraestrutura urbana e parcerias público-privadas.

Leia também:

‘Centro está morrendo’: megaloja fecha as portas e liquida 7 mil itens pela metade do valor

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