A Maratona de Campo Grande reuniu 4.552 atletas da Capital na manhã deste domingo (6). Com ruas interditadas, incluindo a principal avenida, Afonso Pena, gerou-se um incômodo aos desavisados, além de críticas aos corredores.
Ruas e avenidas começaram a ser interditadas, parcialmente, por volta das 4h. Quem precisou desviar o trajeto ou andar longos trechos a pé, devido às interdições, faz pedido de que eventos dessa natureza sejam mais divulgados, pois há necessidade de organização de rota.
Por volta das 6h da manhã, passageiros de ônibus do Consórcio Guaicurus tiveram que esperar a liberação da pista para seguir ao trabalho.
Uma leitora fez uma gravação de celular dentro do coletivo, a caminho do trabalho. As imagens mostram trabalhadores irritados com a necessidade de espera. “Vai ‘pro’ meio do mato correr, pelo amor de Deus”, diz uma mulher.
No mesmo vídeo, é possível ouvir um homem xingando os corredores e falando que chegará atrasado ao trabalho.
A cuidadora Geni Aparecida de Oliveira relata que precisou descer do ônibus em que estava para pegar um carro por aplicativo para, assim, conseguir chegar ao seu destino.
“Consegui chegar, mas cheguei atrasada, porque eu tive que pagar Uber. Estou trabalhando perto do Terminal General Osório, mas tive que pagar o Uber”, desabafa.
Reclamações
No Instagram do Midiamax, um leitor afirma que os organizadores poderiam escolher outra rota, sem atrapalhar o trânsito.
“Os organizadores podiam fazer outras rotas para maratona, meu Deus toda vez e uma luta [sic] pra achar um caminho pra chegar em casa. Trabalho na Santa Casa, tive que dar a volta enorme pra sair em uma rua que não tava interditada, vocês têm que ver que tem gente que trabalha”, disse o leitor.
Outro comentário de leitor diz que a interdição sempre atrapalha o trabalhador. “O pior tipo de pedestre que tem é aquele que sonha em ganhar alguma coisa porque, além de ser andarilho, ainda tem sonhos”, escreveu o internauta, finalizando com risadas.
“Com enorme parque com pista, com pista de corrida, os bonitos atrapalham uma cidade inteira por causa de gente correndo. Nossa saúde mental que vai pro espaço [sic]. Não divulgam essas corridas e se divulgam é um dia antes”, completou.
O outro disse: “Eu moro no Noroeste, ia para Mata do Jacinto e estava tudo fechado. Pegando o acesso com a Hiroshima, estava tudo bloqueado.”
Ainda ao Midiamax, um outro leitor, que mora no Taquaral Bosque, contou que trabalha no Centro e que precisou fazer seu trajeto de trabalho por volta das 5h50.
“Eu estava tentando vir para o serviço na área central, havia vários de integração, e por esse motivo cheguei a atrasado. Não fui orientado, então a gente não tinha opção de acesso. Quase tudo fechado, estava difícil chegar aqui no Centro”, relata.
O frentista Altair Aparecido, 58 anos, diz que não há orientação de desvio. “Sem opção para chegar na área central, tive que dar várias voltas para chegar”.
Ano que vem tem mais
Kassilene Cardadeiro, organizadora da Maratona, já deixou o convite para a prova de 2026, que deve acontecer também no primeiro domingo de julho. “Quero fazer uma convocação para a cidade de Campo Grande: se cada um que veio aqui chamar um amigo, nós vamos bater 10 mil corredores”. Em 2025, a prova teve 4.552 participantes.
Ela comenta que a organização não se preocupa apenas com os atletas de elite, como Frank, mas também com os amadores, que são 95% do público. “A gente quer dar esse conforto para o atleta, né? Esse ano a gente inovou, temos banheiro em todos os pontos de hidratação e isotônico também. Queremos realmente oferecer a melhor estrutura.”
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