Ônibus do Consórcio Guaicurus perdeu a roda dianteira na Rua Pirituba, bairro Guanandi, enquanto transportava passageiros da linha 051 (Shopping/Terminal Bandeirantes). “A roda caiu e saiu rodando sozinha, foi embora”, conta um homem que assistiu à situação.
Imagem enviada ao Jornal Midiamax mostra o motorista do veículo verificando a roda e o ônibus, após o acidente. “Esses ônibus da empresa [Consórcio Guaicurus] estão muito sucateados. Todo dia tem um ônibus velho, na rua, dando problema.”
Apesar do susto, ninguém se feriu, e os passageiros foram transferidos para outro veículo. O Jornal Midiamax solicitou posicionamento ao Consórcio Guaicurus e aguarda resposta.
Ontem era a janela, hoje foi a roda
Nesta quarta-feira (3), outro ônibus do Consórcio Guaicurus teria perdido a janela enquanto circulava por Campo Grande.
A caminho do trabalho, a atendente de restaurante Sarah Helena Oliveira tomou um susto na linha 110 (Parque do Sol). “Quando foi fazer a curva, a janela caiu em cima de mim e estourou o vidro todo no meu corpo”, relata a passageira. Ela teve alguns arranhões e ficou coberta de cacos de vidro.
Reportagem do Jornal Midiamax mostrou que os ônibus sucateados que atendem Campo Grande são mais velhos que a média de frotas no país. Enquanto a média é de 6,5 anos no Brasil, o Consórcio Guaicurus mantém quase 100 ônibus com mais de 10 anos circulando na Capital de Mato Grosso do Sul.
Relatório da CPI adiado
Enquanto isso, os usuários de transporte público da Capital aguardam o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o Consórcio na Câmara de Vereadores. Hoje (3), a Casa de Leis publicou no Diário Oficial que vai adiar por mais 30 dias a apresentação do documento.
Desde abril, gestores do Consórcio Guaicurus, membros da administração pública ligados à regulação e fiscalização do contrato bilionário, ex-funcionários e usuários dos ônibus que circulam na Capital foram ouvidos. Assim, a CPI coletou uma série de elementos que podem indicar irregularidades no serviço prestado ao cidadão campo-grandense.
As denúncias miram especialmente a precariedade da frota, que, além de provocar transtorno na rotina dos usuários, compromete a qualidade do transporte. Além disso, não retribui os lucros milionários obtidos pelo Consórcio Guaicurus — o qual alega estar em déficit financeiro.
Assim, para apurar as ‘desculpas’ dos empresários, a CPI contratou assessorias contábeis e jurídicas, no valor de R$ 140 mil, para devassa nas contas da companhia, que já passou por pente-fino em outras ocasiões e volta a ser alvo de perícia contábil, a fim de reconhecer se, de fato, está em desconformidade ao que entrega na prestação do serviço de transporte coletivo da Capital.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)