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Cotidiano

Risco de hipotermia e doenças respiratórias: frente fria exige atenção redobrada com os pets 

Veterinária explica como o frio intenso afeta a saúde dos animais
Idaicy Solano -
(Foto: Reprodução/ ClicRBS)
Frente fria exige cuidados redobrados com pets. (Reprodução, ClicRBS)

Com a chegada da frente fria, que promete recordes de temperatura em , os cuidados com os pets precisam ser redobrados. Assim como os humanos, cães e gatos também sofrem com as baixas temperaturas, podendo apresentar desde desconforto até problemas respiratórios e articulares. 

Segundo a médica-veterinária Rejane Diniz, especializada em cardiologia e pneumologia animal, as baixas temperaturas afetam a capacidade dos pets de regular a própria temperatura corporal, assim como ocorre com os humanos. Isso pode gerar diversos impactos à saúde.

Entre os principais riscos estão a hipotermia, o estresse metabólico e, especialmente, os problemas respiratórios. Segundo Rejane, a atenção aos sinais é fundamental, já que a falta de tratamento rápido pode agravar o quadro com rapidez. “Resfriados e até mesmo pneumonia podem acometer os animais, se não mantivermos a atenção necessária”, alerta a profissional. 

A médica-veterinária recomenda que o ideal é manter os animais em locais fechados. No caso dos pets que ficam na área externa da casa, a orientação é usar roupas e mantas e garantir que eles permaneçam em ambientes com pouco vento.

“Os cuidados básicos com os animais de estimação devem ser mantidos mesmo nas épocas mais geladas. É fundamental assegurar uma boa hidratação e alimentação, além de continuar as atividades físicas e monitorar a saúde deles. Deve-se dar atenção especial em mantê-los aquecidos”, orienta a profissional. 

Alimentação também exige cuidados 

Pouca coisa muda na rotina alimentar dos animais durante o frio, mas manter uma alimentação balanceada e adequada, rica em nutrientes e com proteínas de qualidade é fundamental. 

Um ponto a ficar atento é a quantidade de alimentos, pois, com a diminuição das atividades físicas durante o frio, o gasto calórico também é reduzido, o que pode levar a um aumento de peso e trazer consequências negativas para a saúde do animal. 

Apesar de estar frio, os tutores não podem se esquecer da hidratação. “É fundamental garantir que o animal tenha acesso à água fresca e adequada para evitar a desidratação”, ressalta a veterinária.

E passeio, pode? 

A veterinária explica que os passeios podem ser feitos normalmente, no caso dos animais que já são acostumados com essa atividade. No entanto, os tutores devem ficar atentos ao comportamento do pet. 

Se, durante o trajeto, ele demonstrar sinais de desconforto, como tremores extremos ou resistência em continuar o passeio, a melhor solução é interromper a atividade e retornar para casa, garantindo que ele fique aquecido. 

Além disso, a veterinária orienta que a duração dos passeios seja reduzida, evitando que os animais fiquem expostos ao frio por muito tempo, além de dar preferência a horários em que a temperatura não esteja muito baixa. Se possível, levar os animais agasalhados para passear é uma boa opção, pois pode ajudar a manter a temperatura corporal. 

Animais também contraem doenças respiratórias e virais

Um importante alerta feito pela profissional é de que, assim como os humanos, os animais também podem contrair doenças respiratórias e virais e sofrer com hipotermia, ao ficarem expostos durante horas a baixas temperaturas.

Alguns dos quadros mais comuns que os pets podem desenvolver incluem: broncopneumonia, gripes e até doenças virais, como a tosse dos canis e a cinomose. Além disso, a artrite pode se manifestar ou agravar, dificultando a locomoção do animal e causando dores. 

Os sintomas que podem indicar problemas de saúde em animais incluem: tristeza, alterações no comportamento, dificuldades de locomoção, tosse e secreção. 

“Caso o seu pet apresente algum desses sinais, o ideal é procurar o auxílio de um médico-veterinário para uma avaliação adequada. É fundamental estar atento a esses riscos e tomar as devidas precauções para proteger a saúde dos animais durante as temperaturas frias”, alerta a veterinária. 

Cachorro coberto com manta doada pela Subea (Superintendência do Bem-Estar Animal). (Divulgação, PMCG)

Frio também representa risco para rebanhos 

Em 2024, mais de 3 mil bovinos morreram devido ao frio. Mato Grosso do Sul registrou 38 ocorrências em 14 municípios. O número foi superior ao registrado em 2023, ano em que 2,7 mil bovinos morreram, também expostos a altas temperaturas.  

A Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal) elaborou uma nota técnica com alguns cuidados que devem ser tomados para proteger o rebanho do frio, dado o risco de mortalidade.

Para prevenir casos de hipotermia no gado, a Iagro recomenda aos produtores algumas medidas importantes: oferecer alimentar adequada, especialmente em períodos de seca e durante frentes frias; disponibilizar abrigos ou áreas protegidas que amenizem os efeitos do clima extremo; manter acompanhamento veterinário regular; e seguir à risca o calendário oficial de vacinação e manejo sanitário.

Em situações de mortalidade anormal de bovinos, a notificação deve ser feita imediatamente pelos canais oficiais da Iagro, conforme orientações contidas na nota técnica. Para acessar o material na íntegra, clique aqui

Previsão de frente fria em MS 

A partir de quarta-feira (28), o frio promete chegar com força em Mato Grosso do Sul, que passará pelo fenômeno de mínima invertida. De acordo com o -MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), o fenômeno é marcado pela temperatura mínima do entardecer ser menor do que a do amanhecer.

Também podem ocorrer geadas no amanhecer de quinta-feira (29) e os próximos dias devem registrar mínimas abaixo de 10°C e máximas que não chegam a 20°C em todo o Estado. Ainda podem ocorrer temperaturas próximas a 0°C e geada na quinta e sexta-feira, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

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