A interdição de um restaurante famoso de comida oriental na área central de Campo Grande gerou discussões entre consumidores campo-grandenses. Como o sushi é um prato amado por muitos, a repercussão rendeu um grande debate acerca da higiene na hora de manipular alimentos para comercialização, ainda mais se tratando de uma receita delicada, por envolver alimento cru.
O espaço foi interditado pela Vigilância Sanitária, após os agentes flagrarem uma série de irregularidades na cozinha onde eram preparadas centenas de peças de sushi. Com clientes em alerta, o Jornal Midiamax foi até as ruas da cidade ouvir a opinião dos consumidores.
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A manicure Letícia Soares opinou que achou um ‘absurdo’ a situação em que o restaurante operava e acredita que a repercussão irá prejudicar outros restaurantes do ramo, por causar insegurança nos consumidores.
“Tem de ter higiene para trabalhar com comida. As outras [lojas] vão acabar tendo prejuízo, porque a gente julga”.
A operadora de loja Raianny Silva comentou que a notícia não interferiu em nada para ela, pois não gosta de comer sushi. No entanto, opina que o ‘erro’ do restaurante pode prejudicar outras lojas. “Eu acho que as que trabalham certo podem ter prejuízo, sim”.
A operadora de loja Edna Gonçalves expressa que acha um absurdo um empreendimento que trabalha com comida operar sem higiene, ainda mais se tratando de sushi, que é um prato caro. De toda forma, ela opina que a loja merece uma segunda chance e que as pessoas não devem generalizar o problema.
“Creio que a empresa deva ter uma nova chance, afinal, todo mundo erra. Mas a vigilância tem de ficar em cima. Não acho que outras empresas vão ter prejuízo. Não podemos colocar todo mundo no mesmo balaio”, opina Edna.
A vendedora Laise Silveira afirmou que locais que operam nas mesmas condições que a loja lacrada pela Vigilância Sanitária devem ser fechados imediatamente. No entanto, ela opina que, caso o restaurante se comprometa a seguir as regras, não vê problema algum em a loja voltar a funcionar. “Todo mundo erra”, diz.
Além disso, Laise afirma que as pessoas não devem generalizar, pois um empreendimento não deveria pagar pelos erros de outras gestões. “Não acho que as outras empresas vão ter prejuízos. Uma empresa não pode pagar pelo erro da outra”.
Entenda o caso do sushi interditado
O restaurante de sushi localizado na região central da cidade foi fechado na noite de quarta-feira (13), após denúncias de irregularidades. Equipe do Serviço de Fiscalização de Alimentos encontrou diversas condições insalubres e de risco à saúde.
Assim, os agentes encontraram um fogão com crostas de sujeira acumulada, mochilas de funcionários próximas de sushis prontos e caixas de gordura abertas. O óleo utilizado para sushi frito estava com coloração escura e densa.
As embalagens utilizadas para o envio das entregas de sushi estavam abertas, misturadas com outros recipientes e materiais pessoais de funcionários. O local deve se manter fechado até que seja regularizado.
Durante a inspeção, a equipe constatou condições precárias de higiene e organização, além de:
- Armazenamento e manipulação de produtos perecíveis fora da refrigeração;
- Falta de estrutura e materiais adequados para higienização das mãos;
- Ausência de condições mínimas para funcionamento seguro.
Em contato com a empresa, uma mensagem automática do WhatsApp afirma que o local está em reforma e que será reaberto na próxima semana. “Olá, estamos em reforma e voltamos semana que vem”, diz a resposta. A equipe do Jornal Midiamax esteve no local, onde funciona a unidade do Tera Sushi Prime da Rua Pedro Celestino. Não havia movimentação de clientes ou funcionários no local, no início desta noite.
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