Nosso ‘rolê’ pelos bairros da região sul de Campo Grande continuou para mostrar a rotina em bares que movimentam a economia e reúne muitos clientes assíduos. Enquanto muitos estabelecimentos estão fechados no início da manhã, encontramos outro que estava funcionando e com clientes no local bem cedo.
Depois de passarmos pelo “Bar dos Assunção”, na Rua Evelina Selingard, encontramos o bar do Givanildo, que fica na Rua Lúcia Santos, no Lageado. Ou melhor, bar e mercearia, viu! “Temos vários itens para o pessoal preparar uma boa comida em casa também. Tem arroz, feijão, macarrão, óleo e outros produtos. Mas geralmente vendemos bem mais as bebidas”, resumiu Givanildo Oliveira, o dono do estabelecimento.
Ele comanda o local há 5 anos. Porém, já atuou em bares na Capital há mais de duas décadas. Movimento maior por ali é no final da tarde e segue até por volta das 22h. “É geralmente o pessoal que sai do trabalho, tem muito idoso também aqui, cliente nosso, que gosta de tomar uma cervejinha e jogar um bilhar”.

Entre esses idosos, encontramos um que vai completar 85 anos, com ótima saúde e muito bem-humorado, sr. Eloy Melgar. Inclusive, chegamos no momento que ele abria mais uma lata de cerveja. “Esta tá trincando! O senhor tá servido?”, me perguntou o simpático idoso. Gentilmente, respondi que gostaria muito, mas o horário de trabalho não permitia.
Como em todo bar, rolou prosa boa e com muitas risadas, principalmente quando falou que o ‘”negócio dele tava espichando”. Calma pessoal! Na verdade, ele se referia ao próprio nariz e caiu na risada. E, para não perder a piada, disse que parecia o nariz do apresentador Ratinho, e ele então soltou uma gargalhada maior ainda.
Morador há mais de 30 anos na região, Eloy hoje é aposentado. Trabalhou por vários anos como taxista e também já foi lavador de automóveis, entre outras profissões. Foi casado duas vezes oficialmente. “Mas fiquei viúvo duas vezes! Fazer o que, né? Deus as levou e eu vou continuando por aqui”.

Tem muita gente passando da ‘conta’?
Voltando ao ‘patrão’ do pedaço, ao dono do bar. Meio tímido, Givanildo se esforçou para rir também na mesma intensidade que o cliente, e também falou como é a movimentação por ali. Será que tem muito ‘pinguço’ na área que passa da conta? “Não, aqui é raro alguém beber até cair. Por aqui, temos mais amigos que costumam vir sempre e cada um vai para casa numa boa”.
E quando pergunto se a movimentação diária e aos finais de semana no bar dá uma boa renda, recebo com resposta: “movimento é assim, vai comprando, vendendo, ganhando um pouquinho. A gente vai, compra, vende, e vai indo. Dá para viver disso, graças a Deus”.
Entre clientes idosos e mais jovens, o ambiente no bar segue bem tranquilo, inclusive sem preocupar os moradores das imediações, como acontece em outros estabelecimentos, que funcionam até mais tarde na mesma região.
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