Professores aprovados em concursos lotam cadeiras de doação de sangue em protesto solidário

Categoria diz que editais do Estado e Prefeitura tiveram mais de 20,8 mil inscritos

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manifestação
Vários professores mobilizados na manifestação solidária (Helder Carvalho, Midiamax)

Na manhã desta sexta-feira (31), professores aprovados em concurso público protestaram com solidariedade, doando sangue para chamar a atenção do poder público para convocações da categoria em Campo Grande. O grupo questiona que, entre os 20,8 mil inscritos, apenas 3,2 mil foram classificados em editais do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande.

No Hemosul da Avenida Fernando Corrêa da Costa, a categoria estava mobilizada com camisetas e faixas. Um dos envolvidos na manifestação, Wagner Castilho, explica que a expectativa seria de um chamamento para janeiro de professores da educação infantil e ensino fundamental, contudo, não há previsões. Um dos editais tem prazo até 2026, podendo ser prorrogado.

“Essas vagas precisam ser preenchidas por pessoas que estão no banco de dados já aprovado. A gente pensa que a sociedade tenha professores, não somos contra o processo seletivo, mas eles suprem vagas de pessoas que estão afastadas por licença médica, por exemplo”.

A manifestação incluiu professores especializados em diversas disciplinas, como ciências, português, educação física, geografia e matemática.

(Helder Carvalho, Midiamax)

Concurso tem prazo

Wagner descreve que convocações expressivas acenderam a esperança daqueles que estão aguardando desde 2023 nas chamadas “vagas puras”, aquelas que não receberam nomeações destinadas.

“Cada um pode entrar no site das Secretarias de Educação e conferir quantas vagas têm. Eles já chamaram mais do que o previsto, porém foram abertas novas salas de professores, além dos que se aposentaram. Então, precisamos colocar essas vagas para pessoas que estão no banco de dados. O edital prevê que seja convocado 10 vezes mais das vagas. Estamos lutando para que o professor preencha essa vaga pura”.

Gabriela Castelli, professora aprovada em concurso público, diz que mais de 800 pessoas estão mobilizadas para chamar a atenção do poder público para a causa. Dessa forma, mais de 60 pessoas comparecem ao Hemosul para doar sangue.

(Helder Carvalho, Midiamax)

“O objetivo é mostrar solidariedade, fazendo um papel social do professor, que atua na sociedade diariamente, principalmente nesse período de janeiro, de férias, quando o estoque de sangue do Hemosul está baixo. Vemos todos os dias as mobilizações por doação e nos mobilizamos para mostrar que estamos na luta”.

Logo, a sala de triagem e cadeiras de doação foram lotadas por professores do protesto, enquanto esperam por um chamamento significativo antes do fim dos editais.

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