A segunda safra do milho deve alcançar produção recorde de 123,3 mmt (milhões de toneladas métricas). É o que revela dados do Rally da Safra, que percorreu os principais estados produtores coletando e analisando dados de produção e produtividade.
Com base nos resultados da expedição, a Agroconsult, organizadora do Rally, estima o aumento de 20,2 mmt sobre a safra 23/24. Isso porque a produtividade média nacional atingiu o patamar recorde de 113,8 sacas por hectare, a maior já alcançada no país.
Em Mato Grosso do Sul, a produtividade alcançou 98,1 sacas por hectare, o que representa um avanço de expressivos 35,1% em relação à safra anterior. Todos os demais principais estados produtores também tiveram crescimento de produtividade.
Neste sentido, o recordista é o estado de Mato Grosso, que deve atingir volume histórico de 131,9 sacas por hectare, representando aumento de 11,6% em relação à safra passada. Goiás também terá recorde, com 126,1 sacas por hectare, crescimento de 5,6%. O mesmo acontece com o Paraná, com 106,5 sacas por hectare, aumento de 16,5%.
Causas
O clima foi fundamental para o resultado. Apesar do atraso no início do plantio, as chuvas de abril, maio e até mesmo de junho garantiram que não faltasse umidade no campo para o enchimento dos grãos.
As condições das lavouras também ratificam os números. Mesmo com pequena redução na população de plantas em algumas regiões, especialmente nas regiões Oeste e Sudeste de Mato Grosso, houve significativo aumento no número de espigas e de grãos por espiga. E, apesar da alta incidência de lagartas, que trouxe grande preocupação, o controle fitossanitário foi eficiente, resultando em baixo impacto sobre a produção.
O crescimento da produção é sustentado ainda por uma expansão de 5,7% na área plantada da segunda safra em relação à temporada anterior, totalizando 18,1 milhões de hectares (acréscimo de 982 mil hectares).
Com a safra de milho verão somando mais 27 mmt, a produção total deve alcançar 150,3 mmt, chegando a 21,3 mmt a mais que na safra passada e impondo desafios a toda cadeia do cereal.
Do lado do consumo doméstico, há motivos para otimismo. O mercado de rações apresenta sinais de retomada, especialmente após o controle e a superação da gripe aviária. Além disso, o mercado de etanol de milho segue aquecido, impulsionando a demanda pelo cereal. Com esses fatores, o consumo interno deve atingir 97 mmt.
Em relação às exportações, embora a previsão inicial para o segundo semestre aponte para um volume de 44,5 mmt, o ritmo dos embarques estará sujeito ao comportamento dos principais mercados compradores e à conjuntura internacional. O resultado das safras americana e argentina, além de eventos geopolíticos, como o desenrolar da guerra entre Israel e Irã, podem impactar consideravelmente a demanda externa.
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