Após nova licitação, aberta no início de novembro de 2024, as obras do corredor de ônibus da Avenida Marechal Deodoro, em trecho conhecido também como Avenida Gunter Hans, no sul de Campo Grande, foram retomadas.
Nesta segunda-feira (14), é possível ver movimentação de tratores e caminhões no local realizando retirada de terra do espaço.
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O extrato do contrato foi publicado no Diogrande do dia 21 de março desde ano, e aponta que a obra está orçada no valor total de R$ 9,638 milhões.
De acordo com o contrato firmado entre a Prefeitura, por meio da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), e a empresa Engevil Engenharia Ltda., o prazo para conclusão da obra é de 12 meses.
A obra contemplará os trechos sul-norte e norte-sul, ligando os terminais Aero Rancho e Bandeirantes, conforme previsto no Projeto Básico. O contrato tem vigência de 90 dias, além do prazo de execução, que pode se estender por até 360 dias a partir da emissão da Ordem de Execução dos Serviços.
Conforme o edital, o projeto recebeu investimentos financiados pela ‘Operação de Crédito PAC 2 Corredor de Transporte Coletivo’ e recursos do Tesouro Municipal. Vale lembrar que a prefeitura publicou o resultado da licitação para a construção do corredor de ônibus em 20 de dezembro de 2024.
No ano passado, candidatos que concorreram à prefeitura do município prometeram que acabariam com os corredores, medida cogitada até mesmo pela prefeita reeleita, Adriane Lopes (PP).
Problema antigo
A “novela” do corredor inacabado da Av. Marechal Deodoro começou em 2018, com a primeira parte das obras.
Já em 2020, o município recebeu recursos para implementar 34 quilômetros de corredores de ônibus, em um projeto que complementaria o corredor. O projeto recebeu recursos do PAC 2 – Mobilidade Grandes Cidades.
Segundo o Portal +Obras, da Prefeitura de Campo Grande, o prazo inicial era que o trabalho fosse terminado em 21 meses após o começo do serviço em 4 de abril de 2021.
Críticas e histórico de acidentes
Apontado como motivo de acidentes frequentes, os corredores de ônibus de Campo Grande são alvo de constantes reclamações da população.
No caso do corredor da Marechal Deodoro, os problemas apontados pela população passam pela falta de sinalização, de iluminação, de redutores de velocidade e histórico de acidentes.
Na época da reabertura de licitação, moradores se manifestaram sobre o corredor. Um homem, que preferiu não se identificar, contou que já testemunhou dezenas de acidentes desde que a estrutura do corredor começou a ser feita.
“Eu já vi motoqueiros sofrerem fratura exposta após baterem aqui, já vi pancada forte de madrugada, de acordar de manhã e só ver o resto dos veículos. A mureta do corredor atrapalha a visão de quem vai cruzar a avenida, e nisso muitos acidentes acontecem”, detalhou.
O morador relatou que ele mesmo colocou as sinalizações que hoje estão no trecho por causa da quantidade de acidentes. “O corredor acabou com uma faixa de tráfego desse lado e outra faixa do lado de lá. Deixou o fluxo mais apertado. Isso aqui de manhã e no fim do dia é um inferno, um caos”, destacou.

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