O novo status de zona livre de febre aftosa sem vacinação deve abrir as portas para mercados de alto padrão sanitário, como Japão e Coreia, que, até então, estavam inacessíveis para a carne bovina de Mato Grosso do Sul. É o que acredita o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Guilherme Bumlai.
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O dirigente participou da comitiva brasileira em Paris da 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OMSA (Organização Mundial da Saúde Animal), nesta quinta-feira (29). A organização internacional reconheceu o Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação, status que era concedido anteriormente somente a poucos estados.

Segundo Bumlai, o setor recebe esse novo selo com grande entusiasmo e senso de responsabilidade. “Deve impactar positivamente na valorização do rebanho e no aumento da competitividade da nossa pecuária. É um marco histórico que consolida Mato Grosso do Sul entre os grandes exportadores mundiais de proteína animal”, afirmou.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o rebanho bovino de Mato Grosso do Sul chega a 18,89 milhões de cabeças. O Estado suspendeu a vacinação em 2022 e trabalhou neste ínterim para alcançar a certificação.
“Essa conquista é fruto de quase duas décadas de compromisso e disciplina do setor produtivo de Mato Grosso do Sul. Os produtores rurais foram protagonistas nesse processo, mantendo a vacinação em dia, respeitando rigorosamente as regras sanitárias e colaborando com as autoridades em todas as etapas de vigilância e controle. Houve um investimento constante em tecnologia, manejo responsável e profissionalização da pecuária, o que mostra a força e a seriedade do campo sul-mato-grossense”, destaca Bumlai.
Produtor consciente
A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) destaca que o trabalho não se encerra aqui. O novo status traz também novos desafios e responsabilidades para todos os atores envolvidos, com vistas a manter o rebanho em condições sanitárias adequadas e a fortalecer cada vez mais o papel do País como grande produtor e fornecedor de alimentos de origem animal para o Brasil e o mundo.
É a primeira vez que o Brasil alcança essa condição de excelência em seus controles sanitários, erradicando do seu território o vírus da febre aftosa, doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos, conforme informações do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
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