Famílias que há 4 meses invadiram uma área no Indubrasil, na região oeste de Campo Grande, afirmam que policiais militares destruíram seis barracos em construção, na tarde da segunda-feira (28). A área ocupada está localizada na Avenida das Ostras, próximo ao cruzamento com a rua Prainha.
Segundo relatos, os militares chegaram em cinco viaturas e derrubaram os barracos da invasão. Entre eles, o do autônomo Thomaz Oziel Rios, de 20 anos, que havia acabado de começar a obra, na qual gastou R$ 500. “Minha sogra me avisou, mas quando cheguei já estava tudo no chão”, relata.

A situação preocupa os demais ocupantes. “Sou mãe solo, tenho duas filhas e não tenho para onde ir, mas se a gente ficar vão passar a patrola em cima”, lamenta a cuidadora de idosos Araysa Da Silva Ortis, de 36 anos.
Conforme relatos, os militares disseram que as famílias não podem permanecer no local. À reportagem, a auxiliar de serviços gerais, Marli Aparecida Gonçalves, de 42 anos, afirma que tem inscrição na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) há 20 anos e nunca conseguiu moradia.

“Vim pra cá porque preciso. Tenho inscrição na Emha há 20 anos e não tenho condição de pagar aluguel”, justifica. Os moradores defendem que a vinda das famílias contribuiu para a limpeza do local, que segundo eles, era usado para descartes irregulares.
“Quando chegamos aqui, era um lixão. Agora que está tudo limpo, querem tirar a gente daqui”, lamenta o pedreiro Vanildo da Silva Santos, de 52 anos.

Barracos incendiados
Os ocupantes afirmam que no último sábado (26), a área foi incendiada. Durante o incêndio, as chamas se alastraram e destruíram a casa da auxiliar de serviços gerais, Vanir Cardoso da Silva, de 60 anos.
“Foi incendiada durante a madrugada. Paguei R$ 500 para trazer a madeira para minha construção e à noite atearam fogo”, lamenta.
Até o momento, não há informações sobre a origem do incêndio que destruiu barracos no local. A situação foi registrada pelos ocupantes.
Procurada pela reportagem, EMHA (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) informou que o terreno é de propriedade particular. A Polícia Militar foi acionada para falar a respeito das situações relatadas, mas até o fechamento deste texto não houve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações.
*Com informações do repórter Rodrigo Santos.
Matéria editada às 15h10 do dia 29 de julho de 2025, para acréscimo de informações.
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