Pecuarista sul-mato-grossense recorreu à polícia e à Justiça para denunciar o Confinamento Santa Clara da Lagoa, em Terenos (MS), por suposta retenção indevida de centenas de cabeças de gado e falta de transparência na prestação de contas. O caso está sendo investigado pela Deleagro (Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato) e também é alvo de uma ação de tutela antecipada na 14ª Vara Cível de Campo Grande.
Esse tipo de espaço abriga animais de terceiros para engorda e posterior venda a frigoríficos.
Segundo o produtor, o confinamento estaria se recusando a liberar os animais, sob a alegação de dívidas pendentes. No entanto, ele afirma que não recebeu relatórios detalhados das despesas cobradas e também não recebeu explicações técnicas sobre mortes de animais, como laudos veterinários, exames ou registros oficiais.
Ainda conforme a denúncia, haveria lançamentos contábeis com “mortes duplicadas”. Ou seja, o mesmo animal registrado como morto mais de uma vez, além de outras supostas irregularidades.
Fintech estaria favorecendo o confinamento
O impasse também envolve a fintech Finpec Agronegócios, responsável por estruturar o contrato entre o pecuarista, o confinamento e frigoríficos. A empresa atua antecipando parte dos valores do gado para o produtor rural, com base em contratos que preveem a engorda dos animais em confinamentos parceiros.
Assim, o pecuarista alega que a Finpec teria deixado de repassar valores relativos a um lote de gado atualmente retido, justificando que o confinamento não autorizou a liberação. No entanto, o produtor sustenta que, segundo o contrato firmado entre as partes, essa retenção e o bloqueio dos créditos são indevidos. Para ele, a fintech estaria favorecendo o confinamento e que a prática estaria infringindo as cláusulas contratuais.
O conflito teria início ainda em abril deste ano e, desde então, o produtor relata prejuízos financeiros significativos. Também relata falta de resposta concreta por parte das empresas envolvidas.
O que diz a fazenda
Em nota enviada à reportagem, o confinamento Santa Clara limitou-se a dizer que o pecuarista teria dívidas com outros confinamentos e que iria apresentar informações e documentação pertinente ao caso via judicial, em momento oportuno.
A Santa Clara não respondeu aos questionamentos sobre as acusações de falta de transparência sobre custos e morte de animais, bem como não se posicionou sobre possível retenção de animais do pecuarista.
Ao Jornal Midiamax, o advogado Vagner Araújo, da Finpec, negou qualquer irregularidade e afirmou que a empresa possui todos os comprovantes de repasses ao pecuarista e que, caso seja acionada judicialmente, a Finpec irá comprovar que cumpriu todos os termos do contrato.
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