Quem presenciou o Pantanal agonizar em 2024, com tanta seca e fogo, agora respira aliviado. O solo seco e a fumaça no ar deram lugar à água e flora vibrante. E o aparecimento vívido das vitórias-régias simbolizam equilíbrio ecológico e a boa fase do Pantanal.
O Rio Paraguai está 1,4 metro acima do mesmo período do ano passado, retornando o Pantanal à sua origem de planície alagada. O cenário é um bom presságio diante da destruição de 2024, mas não é esperada uma grande cheia como a de 2023.
Analista do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), Rayssa Novelli explica que o Pantanal caminha para uma cheia em 2025, após um período prolongado de seca. Porém, o nível do Rio Paraguai em Ladário — referência para a classificação oficial de cheia — está em 2,70 metros, abaixo do patamar mínimo.
Só com 4 metros, em Ladário, pode ser considerada uma cheia pequena. Porém, outros rios pantaneiros apresentam níveis maiores. Em Porto Murtinho, por exemplo, o nível do Rio Paraguai está em 5,30 metros, praticamente três metros acima dos 2,20 metros que marcava no ano anterior.


“Esses dados apontam que a lâmina d’água já é suficiente para provocar alagamentos em áreas mais suscetíveis da planície, sinalizando o início de uma fase de cheia em pontos específicos do Pantanal”, explica.
E os incêndios?
Historicamente, os incêndios se alastram pelo Pantanal entre junho e outubro, meses mais secos do ano. O ano passado foi atípico, com focos de queimadas se agravando a partir de abril.
Em 2025, por enquanto, a situação está sob controle. O Pantanal vive sem quantidade significativa de focos de queimadas. Contudo, não é possível dizer que o bioma não terá queimadas este ano, e não se sabe ao certo a intensidade delas, embora o prospecto seja mais animador.
Coordenador do Peld UFMS, Geraldo Damasceno afirma que as chuvas deste ano tendem a amenizar a questão dos incêndios. “Vai ter fogo, com certeza. Mas não nos níveis do ano passado.”
Rayssa do IHP concorda e diz ser difícil afirmar se a cheia vai impactar nos incêndios. “No Pantanal, os focos de queimadas dependem de muitas variáveis, mas é possível que um ano mais úmido reduza os níveis de risco de incêndios”, diz.

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