Após registrar grandes índices de queimadas durante anos, o Pantanal contabilizou apenas 0,4% do total anual em 2025, com 173 focos de incêndio no período. Além disso, quando analisado por unidades federativas, Mato Grosso do Sul mantém-se fora da lista de estados mais atingidos em agosto, um dos meses de maior ocorrência.
Os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) demonstram uma queda nos números de queimadas no bioma quando comparados ao ano anterior. Entre os meses de janeiro e agosto de 2024, os focos de incêndio no Pantanal representavam a maior parte dos casos segundo a plataforma BDQueimadas.
Queimadas em agosto
Em agosto, o Brasil registrou o menor índice de queimadas no período desde 1988, quando o Inpe iniciou o monitoramento. De acordo com o órgão, foram contabilizados 18.451 focos de calor no último mês. A mudança representa uma redução de 61% em relação a média histórica para a época, que é de 47.348 focos de calor.
Quando comparado ao recorde anterior, registrado em 2013, a queda é de 13,8% (21.410 focos). Ainda, segundo o Inpe, esta é a primeira vez que o período registrou menos de 20 mil focos.
Os índices anuais de 2025 indicam, ao todo, 47.531 focos de calor no país. O cerrado foi o bioma mais afetado, com 47,9% dos registros, e a Amazônia soma 28,3% dos focos.
Além disso, ao considerar os registros por estado, Mato Grosso apresentou o maior número de queimadas durante o ano, com 14,5% do total. No ranking, a unidade federativa aparece seguida de Maranhão (12,6%), Tocantins (11,7%), Bahia (8,6%) e Pará (7,1%).
Ações de prevenção
Os índices atuais, que representam melhora significativa ao meio ambiente, refletem ainda o impacto de ações implementadas pelo governo federal.
Entre as iniciativas estão a contratação de maior contingente de brigadistas, novos helicópteros nas ações de enfrentamento a incêndios e desmatamentos e investimento de apoio para Corpo de Bombeiros de todos os estados, aprovado pelo Fundo Amazônia. Ainda, é a primeira vez que o Fundo Amazônia promove apoio para prevenção e combate de incêndios em regiões fora da Amazônia, como no Cerrado e Pantanal.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, outras ações incluem:
- Sanção da Lei 15.143/2025, que permite ainda o uso de aeronaves internacionais em emergências ambientais;
- Anúncio dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas (PPCDs) para todos os biomas brasileiros;
- Reuniões com especialistas para avaliar a situação climática atual e futura;
- Publicação de edital que prevê recursos de R$ 32 milhões do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) para apoio de municípios prioritários na implementação de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios;
- Retomada da Sala de Situação Interministerial sobre Incêndios do governo federal;
- Conclusão do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios do Bioma Pantanal;
- Veiculação de campanha de prevenção e combate aos incêndios florestais criminosos na Amazônia Legal voltada para os estados que mais sofreram com os incêndios no último ano;
- Publicação de portaria pelo MMA (nº1.327/2025) declarando emergência por risco de incêndios;
- Decreto n° 12.189, que aumenta as punições por incêndios florestais no país.
Além de contribuir para reduzir os focos de incêndio, as ações direcionadas para a prevenção de queimadas também atuam na preservação dos biomas, protegem a biodiversidade e visam amenizar as mudanças climáticas.
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