Após a onça suspeita de devorar o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Pantanal sul-mato-grossense ser trazida para o CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande, diversos campo-grandenses lembraram da onça que fugiu do local há 15 anos.
À época, uma onça de dez meses foi capturada e levada para o local. Ela conseguiu fugir duas vezes do abrigo, reacendendo a preocupação dos moradores da região com a segurança do Centro.
No entanto, o governo do Estado esclareceu que não há risco da onça fugir, como aconteceu com o animal em 2010.
“A onça está em um recinto com grades, e seguro para receber o animal e para o adequado manejo realizado pelos veterinários”, informa nota da administração pública.
Há 15 anos, a onça fugiu pela primeira vez rompendo as grades com as patas e dentes e cavando o chão. A fuga assustou moradores da região do Parque dos Poderes e chegou a causar a suspensão de caminhadas no Parque das Nações Indígenas, por precaução.
Da segunda vez, ela rompeu a solda das grades com as patas. No entanto, o CRAS foi totalmente reformulado desde então.
Debilitada
A onça-pintada que foi capturada nesta semana na região do Touro Morto, no Pantanal, rondando o pesqueiro cuidado por Jorge Ávalo, de 60 anos, morto após ataque, está em atendimento veterinário no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), debilitada e sob cuidados por ser encontrada ‘combalida’, segundo nota divulgada pelo governo do Estado nesta sexta-feira (25).
“O animal apresenta desidratação, alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. Para concluir o diagnóstico do estado de saúde, os veterinários aguardam laudos e resultados de exames complementares – de raio-x, ultrassom e hemograma – para uma melhor avaliação”, aponta a nota.
A onça, um macho de aproximadamente 9 anos e com 94 quilos, está bem abaixo do peso. “O felino, após retornar da anestesia, está consciente, e não apresentou novos problemas de saúde – vômito, regurgitação – na primeira noite no CRAS, e de modo geral apresenta comportamento dentro da normalidade”.