Equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da PMA (Polícia Militar Ambiental) vistoriaram nesta quinta-feira (2) a região da Vila Nasser, onde moradores relataram terem visto uma onça pintada com filhotes. No entanto, não encontraram nenhum indício do felino, como pegadas, pelagem ou carcaças de animais mortos.
Além disso, é falsa a informação de que a onça teria atacado um potro. A imagem que circula nas redes sociais é antiga e foi capturada em Rochedinho, distrito da Capital. “Muita informação falsa”, afirma Joanice Lube Battilani, Superintendente Estadual do Ibama em Mato Grosso do Sul.
Proprietário de uma chácara na região afirmou ao Ibama e à PMA que uma onça estaria na aparecendo à noite na propriedade há 6 meses, sendo a última vez nesta terça-feira (30). Ele acredita que o animal estava à procura de alimento. Inclusive, moradores dizem ter ouvidos esturros do felino.
Porém, os moradores ouvidos pela equipe apresentaram versões desencontradas. Alguns afirmaram ter visto uma onça preta pintada, outros uma onça parda e, um deles, diz que viu quatro animais: uma onça pintada, uma parda e mais dois filhotes.
O Ibama e a PMA não encontraram nenhum indício que comprovem felinos visitando a região, que é área rural da Capital. Mesmo assim, seguirão monitorando a área para afastar a possibilidade e garantir segurança aos moradores.
Parda ou pintada?
O Jornal Midiamax apurou que há relatos antigos da existência de uma onça parda na região da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e da Mata do Segredo, nas proximidades do local onde moradores relatam ter visto felinos nos últimos dias.
No entanto, todos esses relatos são de anos atrás e pontuais. Além disso, se as onças ainda estiverem por perto, elas nunca ofereceram riscos a humanos ou outros animas. Nunca houve notificação de ataques, apenas avistamentos. Não há, sequer, imagens que comprovem a existência desses animais.
“Ela se aproxima porque deve ter animais por perto, mas a região tem remanescentes de vegetação natural e é o habitat dela”, explica Joanice Lube Battilani, Superintendente Estadual do Ibama em Mato Grosso do Sul. A orientação aos moradores é registrar aparições com fotos ou vídeos e encaminhar ao órgão competente.
Vale destacar que, segundo profissional experiente na área que acompanha a situação, só é possível confirmar a existência de um animal rondando a região se houver vestígios que comprovem. Por exemplo, geralmente há animais mortos ou rastros de pegadas e pelagem, o que não aconteceu neste caso.
Monitoramento contínuo
Segundo nota da PMA, mesmo que a equipe não tenha avistado a onça durante a fiscalização, “a área permanece em monitoramento contínuo”. E a população foi orientada a tomar “medidas preventivas e protocolos de conduta em situações de avistamento de onças-pintadas, com o objetivo de garantir a segurança das comunidades e reduzir riscos de acidentes”.
As principais recomendações, conforme a PMA, são:
- Evitar circulação isolada em áreas periféricas, especialmente no período noturno;
- Manter crianças sempre acompanhadas;
- Recolher animais domésticos à noite em locais seguros;
- Reforçar lixeiras e não deixar resíduos ou restos de alimentos expostos.
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