Lançado há quase uma década, o corredor de ônibus da avenida Gunter Hans, em Campo Grande, voltou a ser construído e a previsão é de que as obras durem um ano. No projeto, a estrutura vai substituir os pontos de ônibus e promete agilizar o transporte público.
Equipes de engenharia e maquinário retornaram ao local nesta segunda-feira (19) em Campo Grande. As obras foram retomadas oficialmente em abril de 2024, com a contratação da empresa Engevil Engenharia Ltda por R$ 9,638 milhões. No entanto, as chuvas intensas atrasaram o início das obras.

Na prática, serão quatro plataformas de parada de ônibus, entre o trevo Imbirussu e o Terminal Aero Rancho. Nesta primeira fase, serão construídas as estações de ônibus, com os pontos retirados das ruas e instalados no canteiro central. A faixa da esquerda vai ser exclusiva para os ônibus, conforme explica o engenheiro responsável, Renê Fernandes, da Engevil.
Extensão
A obra contemplará os trechos sul-norte e norte-sul, ligando os terminais Aero Rancho e Bandeirantes, conforme previsto no Projeto Básico.
Conforme o edital, o projeto recebeu investimentos financiados pela ‘Operação de Crédito PAC 2 Corredor de Transporte Coletivo’ e recursos do Tesouro Municipal. Vale lembrar que a prefeitura publicou o resultado da licitação para a construção do corredor de ônibus em 20 de dezembro de 2024.
No ano passado, candidatos que concorreram à prefeitura do município prometeram que acabariam com os corredores, medida cogitada até mesmo pela prefeita reeleita, Adriane Lopes (PP).
Problema antigo
A “novela” do corredor inacabado da Av. Marechal Deodoro começou em 2018, com a primeira parte das obras.
Já em 2020, o município recebeu recursos para implementar 34 quilômetros de corredores de ônibus, em um projeto que complementaria o corredor. O projeto recebeu recursos do PAC 2 – Mobilidade Grandes Cidades.
Segundo o Portal +Obras, da Prefeitura de Campo Grande, o prazo inicial era que o trabalho fosse terminado em 21 meses após o começo do serviço em 4 de abril de 2021.
Críticas e histórico de acidentes
Apontado como motivo de acidentes frequentes, os corredores de ônibus de Campo Grande são alvo de constantes reclamações da população.
No caso do corredor da Marechal Deodoro, os problemas apontados pela população passam pela falta de sinalização, de iluminação, de redutores de velocidade e histórico de acidentes.
Na época da reabertura de licitação, moradores se manifestaram sobre o corredor. Um comerciante contou que já testemunhou dezenas de acidentes desde que a estrutura do corredor começou a ser feita.
“Eu já vi motoqueiros sofrerem fratura exposta após baterem aqui, já vi pancada forte de madrugada, de acordar de manhã e só ver o resto dos veículos. A mureta do corredor atrapalha a visão de quem vai cruzar a avenida, e nisso muitos acidentes acontecem”, detalhou.
O morador relatou que ele mesmo colocou as sinalizações que hoje estão no trecho devido à quantidade de acidentes. “O corredor acabou com uma faixa de tráfego desse lado e outra faixa do lado de lá. Deixou o fluxo mais apertado. Isso aqui de manhã e no fim do dia é um inferno, um caos”, destacou.
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