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Cotidiano

Novo estudo revela como ocorreu a dispersão dos Guarani pelo sul da América do Sul

Impulsionada por questões culturais, econômicas e ambientais, movimentação teve início aproximadamente 1500 anos atrás
Heloisa Duim -
À esquerda, corredores naturais de conexão entre a Amazônia e a Mata Atlântica; à direita, visão geral da expansão territorial ao sul da família linguística tupi-guarani (Foto: Divulgação)

Publicado recentemente, um novo estudo arqueológico revela como os Guarani se dispersaram pela região sul da América do Sul. Como resultado da pesquisa, foi apresentada uma análise sobre a expansão dos povos com base em métodos estatísticos para compreender a cronologia e as dinâmicas do processo migratório.

De acordo com o levantamento, os Guarani partiram da região sudoeste da Amazônia e se espalharam pelo sul do continente, alcançando em um curto período a Bacia do Prata e o litoral atlântico do Brasil.

Além disso, a movimentação teve início por volta de 1500 anos atrás, impulsionada por questões culturais, econômicas e ambientais. A migração deixou um legado arqueológico e linguístico que vem sendo estudado por pesquisadores de diversas áreas.

Hoje, a influência da expansão Guarani pode ser vista principalmente na permanência da língua que ainda é falada por milhões de pessoas no , Brasil e outras partes da América do Sul.

Povos Guarani

Os Guarani fazem parte da família linguística Tupí-Guaraní, que se originou na Amazônia. Segundo estudos, esse grupo começou a se diversificar há aproximadamente 2500 anos. Partindo do Sudoeste amazônico, os povos iniciaram uma expansão territorial que gerou a colonização de áreas, aproveitando-se dos rios regionais para facilitar a mobilidade.

Combinando deslocamento por canoas e avanço por terra, os Guarani ocuparam regiões do Brasil, Paraguai, Argentina e . A expansão é dividida por estudiosos em quatro fases principais, cada uma com padrões distintos.

A pesquisa foi publicada na Archaeological and Anthropological Sciences e todos os resultados podem ser encontrados acessando o documento. Ao todo, a lista de pesquisadores inclui brasileiros, franceses, argentinos, uruguaios e outras instituições envolvidas.

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