A nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançada no início do mês, tem despertado interesse entre famílias com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil. Essa nova categoria permite financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com juros anuais de 10,5% e prazos de até 420 meses.
Apesar do cenário promissor, o alto valor de entrada exigido, principalmente para imóveis usados, tem se mostrado um obstáculo para a concretização dos negócios no MCMV. De acordo com Pedro Luiz, gestor imobiliário em Campo Grande, a procura por imóveis nas condições do MCMV é expressiva.
“Observamos um aumento considerável no número de interessados buscando informações sobre a nova faixa,” afirma o corretor. “Entretanto, o que realmente dificulta o fechamento dos contratos é o montante exigido para a entrada nos imóveis usados, que pode oscilar entre 30% e 50%, dependendo da faixa salarial do comprador.”
As operações da Faixa 4 do MCMV ampliam o acesso ao crédito imobiliário para uma parcela maior da população. Para imóveis novos, a entrada mínima estabelecida é de 20% do valor total, seguindo as diretrizes do programa para a região Centro-Oeste. Contudo, a situação se torna mais complexa para a aquisição de imóveis usados, onde o valor de entrada pode variar de 30 a 50%.
Entrada levou à desistência
Um engenheiro, chefe de linha de produção em uma indústria em Campo Grande, de 35 anos, afirma que a entrada ainda é um impeditivo para si. “Tive interesse quando soube dessa nova faixa do Minha Casa, Minha Vida, mas meu cadastro pediu 40% de entrada. Para um imóvel de R$ 500 mil daria R$ 200 mil. E isso é muito para mim agora”, explicou. Diante disso, ele afirmou que desistiu, por enquanto, do financiamento pelo MCMV.
Apesar desse desafio, o programa MCMV na Faixa 4 apresenta um ponto positivo importante em relação aos subsídios. Pedro Luiz explica que o governo federal oferece uma ajuda financeira proporcional à renda familiar. “Quanto menor o salário do comprador, maior o subsídio disponibilizado, podendo chegar a até 5% do valor do imóvel,” detalha o gestor. Ele exemplifica que, para um imóvel de R$ 200 mil e uma renda familiar de até R$ 2.500, o subsídio alcança até R$ 10 mil.
Regras do MCMV
As faixas anteriores (1, 2 e 3) continuam operando com suas próprias condições de renda e subsídios. A Faixa 1 é destinada a famílias com renda de até R$ 2.850, oferecendo subsídio de até 95% do valor do imóvel. A Faixa 2 abrange famílias com renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com subsídios de até R$ 55 mil e juros reduzidos. Já a Faixa 3 atende famílias com renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas.
Ademais, a nova Faixa 4 financia tanto imóveis novos quanto usados, desde que seja o primeiro imóvel do mutuário. Uma das vantagens dessa faixa é que trabalhadores sem cotas no FGTS também podem participar, visto que os recursos provêm dos lucros anuais do fundo e da poupança. No entanto, o financiamento se limita a 80% do valor do imóvel, exigindo que o comprador arque com os 20% restantes, além das possíveis diferenças no caso de imóveis usados.
Diante desse cenário, corretores como Pedro Luiz esperam que as condições de entrada para imóveis usados na Faixa 4 do MCMV possam ser revistas, tornando o programa mais acessível e impulsionando a concretização de mais negócios.
“Acredito que uma possível diminuição dessas taxas de entrada seria fundamental para que o volume de aquisições comece a crescer significativamente,” conclui o gestor imobiliário.
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