O SinMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) enviou, no dia 1° de setembro, um ofício à Secretaria Municipal de Administração e Inovação de Campo Grande, alertando para a preocupante situação da pediatria na capital.
No documento, o sindicato aponta sobrecarga nos atendimentos durante os períodos de doenças sazonais, redução do número de pediatras em atividade e divergências nos dados oficiais sobre a quantidade de profissionais disponíveis na rede municipal de saúde.
✅ Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram
Outro ponto destacado no ofício é a descontinuidade do pronto atendimento pediátrico do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Segundo a entidade, toda a demanda de urgência e emergência, antes absorvida pelo hospital, agora passou para as Upas (Unidades de Pronto Atendimento) da Capital, que não possuem estrutura adequada para atendimento.
“Nosso objetivo é assegurar que a população tenha acesso a um atendimento pediátrico digno, seguro e eficiente, e que os médicos tenham condições adequadas de trabalho. O problema é grave e precisa de soluções imediatas”, aponta Marcelo Santana Silveira, presidente do SinMed-MS.
O que diz a Prefeitura?
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), afirmou que vem buscando maneiras de melhorar os serviços prestados à população campo-grandense.
Sobre o número de casos registrados durante os períodos de doenças sazonais, a secretaria reconheceu que, durante o outono e o inverno, é comum o aumento significativo na procura por atendimento médico, já que há maior circulação de vírus respiratórios, como Influenza e VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Para suprir a demanda, a Sesau explicou que houve reforço das campanhas de vacinação e ações de orientação à população, visando reduzir a transmissão de doenças e, consequentemente, o impacto sobre a rede de saúde.
Já sobre a redução no número de pediatras em atividade apontada no documento, a secretaria explicou que há dificuldade de contratação desses profissionais em todo o país, no entanto, a Prefeitura tem promovido chamamentos públicos ao longo do ano para recompor as equipes.
Divergência de dados
Quanto às divergências nos dados sobre a quantidade de profissionais disponíveis na rede, a Sesau explicou que eventuais diferenças podem ocorrer em razão da natureza dinâmica da assistência em saúde. Isso porque a disponibilidade de profissionais varia conforme escalas, afastamentos legais e atualizações cadastrais, o que pode gerar oscilações nos números apresentados.
Por fim, sobre a demanda nas unidades após a descontinuidade do pronto atendimento pediátrico do Hospital Regional, a secretaria informou que a “rede municipal acolheu essa demanda com agilidade”.
Para isso, a Sesau pontua ter integrado a atuação das unidades de Atenção Primária e dos serviços de Urgência e Emergência, destacando o fortalecimento do PAI (Pronto Atendimento Infantil), além da designação de pediatras adicionais para as UPAs Universitário e Coronel Antonino, que passaram a atuar como unidades de retaguarda para o atendimento infantil.
Conforme a secretaria, “essas medidas integraram o plano de contingência contra as síndromes respiratórias e apresentaram resultados exitosos”.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.