Mato Grosso do Sul foi selecionado para receber a primeira etapa do CFTS (Censo da Força de Trabalho em Saúde), criado pelo Ministério da Saúde. O censo irá coletar, atualizar e qualificar informações sobre a força de trabalho nos estabelecimentos de saúde em todo o país. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Fiocruz) e a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Além de MS, o Distrito Federal também vai participar do projeto-piloto.
O objetivo do censo será promover a qualificação dos processos de gestão da informação da força de trabalho em saúde, no âmbito do CNES-Profissional (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – Profissional). As informações coletadas deverão ser utilizadas para auxiliar políticas públicas que aprimorem o atendimento à população.
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Além disso, também será realizado o recenseamento da força de trabalho em saúde nos serviços públicos e privados; e a qualificação do CNES-Profissional para subsidiar a tomada de decisão nas esferas de planejamento, dimensionamento e gestão da força de trabalho no SUS (Sistema Único de Saúde).
Para o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, o projeto é um passo essencial para fortalecer a gestão pública. “Ter dados consolidados e confiáveis sobre os profissionais de saúde é condição indispensável para planejar o futuro do sistema. O censo permitirá que decisões sejam baseadas em evidências e não em estimativas, o que pode reduzir desigualdades regionais e fortalecer a atenção básica”, afirmou.
Raul também reforça que as informações coletadas podem ser utilizadas para melhorar a distribuição de profissionais de saúde pelo país. Dados do estudo Demografia Médica 2025 mostram que o Brasil tem 2,98 médicos por mil habitantes, porém, distribuídos de forma desigual entre as regiões.
Enquanto o Distrito Federal tem 6,28 médicos por mil habitantes, o Maranhão tem 1,27, por exemplo. “A pesquisa pode gerar mudanças nesse padrão. Políticas públicas para melhores distribuição, infraestrutura e remuneração desses profissionais podem impactar diretamente a qualidade do serviço prestado em regiões distantes e carentes”, completou o especialista.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)