A notícia da morte da menina Emanuelly Victória de Souza, de apenas 6 anos, deixou um vazio imenso nas ruas do Bairro Vila Carvalho, em Campo Grande. A criança foi vítima de violência sexual e acabou sendo morta estrangulada por seu agressor, após ser sequestrada na manhã de quarta-feira (27). O crime brutal chocou a vizinhança, que expôs a insegurança vivida dia a dia na região.
Ao percorrer o trajeto que o criminoso fez com a criança, antes de culminar em seu fim, é impossível não notar o barracão da escola de samba do bairro, que fica a apenas 30 metros de onde Emanuelly foi submetida a violência sexual e física. As cores e alegria do lugar contrastam com uma rua, agora, tomada pela tristeza e insegurança dos moradores.
Uma mulher, de 53 anos, que mora no bairro há mais de 20 anos, relata que em duas décadas nunca presenciou tamanha crueldade, e que a história ‘deixou todo mundo mal’. “Eu fiquei horrorizada, porque tenho dois netos, um de um ano e outra de 5, quase a idade da menina. Além disso, minha filha de 19 anos vem todo dia da faculdade e passa a pé pela rua”, descreve.
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Outra moradora, de 64 anos, expressa que jamais imaginava que um crime de tamanha brutalidade poderia acontecer tão próximo à ela, e que o sentimento é de revolta. “A população está revoltada. Não tem uma pessoa no bairro que não tenha uma revolta no coração. Esse crime foi demais pra gente”.
Além disso, a moradora denuncia que teve seu carro furtado na porta de casa, e que ouviu relato de vizinhos que foram furtados por ladrões, expondo a insegurança vivida no bairro. “ A gente ficou triste, claro. Mas fica inseguro também. Tinha de ter mais policiamento no bairro”, opina.

Assassinato
Emanuelly foi sequestrada, estuprada e morta estrangulada por Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos. A criança foi encontrada morta em uma banheira, embaixo de uma cama, dentro da residência do criminoso, localizada na rua Joaquim Manoel de Carvalho, na Vila Carvalho, em Campo Grande.
Quando os policiais chegaram à casa dele, encontraram a residência vazia. O chão da cozinha estava sujo de barro e com marcas de chinelo. Com isso, eles entraram na casa e fizeram uma varredura.
Em um dos cômodos, os policiais ergueram uma cama e, embaixo, estava uma banheira de bebê contendo, em seu interior, um volume grande enrolado em uma coberta marrom, presa com fita adesiva. Ao abrirem parcialmente a coberta, Emanuelly foi encontrada morta.



Criminoso de alta periculosidade
Aos 14 anos, Marcos Willian estuprou um bebê de 1 ano e 5 meses, abandonando a criança em meio a um matagal. O bebê sobreviveu. Anos depois, Marcos estuprou de forma contínua a enteada, que na época ainda era adolescente.
Mas por que Marcos Willian estava solto? Perante a lei, ele cometeu ainda quando adolescente, uma contravenção penal, uma infração análoga a crime, que está prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Neste caso, o adolescente é considerado inimputável penalmente, o que significa que ele não é criminalmente responsável como um adulto. Marcos Willian passou por duas vezes pelo sistema da Unei (Unidade Educacional de Internação), com medidas socioeducativas aplicadas para ele.
Quando adulto, ele teve passagem por violência doméstica.

Família pede ajuda para dar enterro digno à criança
De origem humilde, e ainda tentando assimilar a dor da perda da filha com os trâmites necessários para enterrar o corpo, David Bernardes, de 26 anos, relatou que a família decidiu pedir ajuda, para conseguir custear o enterro.
“Minha filha passou por tanta coisa. Ela precisa de uma despedida digna. A família e amigos estão tentando ajudar, mas o valor é alto. Está difícil. Estou correndo atrás de funerárias pra ver um preço melhor porque a gente não tem condições de pagar”, expressa.
Desde então, a família expressa que não conseguiu arrecadar um valor muito expressivo, e reforça o desejo de dar um descanso digno à criança. Quem puder ajudar, a família está recebendo doações pela chave Pix (celular) 67992114908, em nome de David.
⚠️ Fique atento aos golpes! A única chave Pix informada pela família é a que está na reportagem.

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