O morango não deixou de ser o queridinho após o viral “morango do amor” tomar conta das vitrines de confeitarias. A prova disso é que vendedores ambulantes continuam lucrando com a fruta em vários pontos de Campo Grande, inclusive com a bandeja vendida por R$ 3. Contudo, o cenário é diferente de julho, pois a bandeja chegou a ser comercializada a R$ 20.
Como em uma verdadeira “bolsa de valores”, a venda do morango acompanha a alta demanda e a disponibilidade do produto, fazendo o preço oscilar em menos de 24 horas. O proprietário de um dos pontos, Elias Gabriel Figueiredo, de 28 anos, explica que a bandeja foi vendida a R$ 5 nesta quinta-feira (11), sendo R$ 2 mais cara que na quarta-feira (10).
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“A venda do morango na época do ‘morango do amor’ é comparada ao que vendemos no Natal. As vendas só aumentam. Eu compro 50% na Ceasa-MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), 30% no Paraná e 20% em São Paulo. Morango é igual bolsa de valores: cada dia é um valor, pois depende muito do produto que a gente encontra”, descreve.
Gabriel trabalha há cinco anos no ramo de morangos. Dos vários pontos espalhados pela Capital, o que mais vende é no bairro Parati. Nesta manhã, o empresário estava no cruzamento da Avenida Thyrson de Almeida com a Rachel de Queiroz, no bairro Aero Rancho.
“As vendas estão boas, é uma loucura. Vendemos todos os dias, tanto na rua quanto na loja [no bairro Paulo Coelho Machado]”, afirma.
Conservação
A fruta é sensível ao calor, que nos últimos dias tem registrado extremos no Estado. A experiência fez com que Gabriel investisse na conservação em câmaras frias, em vez de deixar a fruta exposta por horas nos carrinhos.
“Antes, eu abastecia os pontos, deixava o caminhão parado e largava o vendedor. Mas Campo Grande é uma cidade quente, então a fruta se perde muito fácil.”
“Morango é gostoso e, no ramo alimentício, dá para fazer muita coisa, até decoração”, acrescenta.
Fruta já custou o triplo
Em julho, com o doce bombou nas redes sociais, a venda da fruta acabou impulsionando as vendas da fruta e animando comerciantes que atuam em pontos estratégicos da cidade. Para se ter uma ideia da inflação nos preços, a caixa chegou a custar de R$ 15 a R$ 20.
A movimentação nas vendas ambulantes não é isolada, ela também reflete na Ceasa-MS. No período citado, o ponto de atacado e varejo vendeu 20 mil bandejas apenas na manhã de quinta-feira.
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