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Cotidiano

“Situação insustentável”: Moradores do Jardim Noroeste protestam após alagamentos

Situação caótica se repete há anos na Rua Urupês com alagamentos e atolamentos de veículos, inclusive de ônibus de transporte de passageiros
Osvaldo Sato, Idaicy Solano -

A situação na Rua Urupês, localizada no Noroeste, piorou a ponto de moradores se mobilizarem para um protesto, marcado para a esquina da Rua Senador Vergueiro com a Rua Marechal Mallet. O protesto busca chamar a atenção das autoridades para os problemas enfrentados pela comunidade, como a interrupção das obras de asfalto e o frequente da área.

O cenário está desolador. Desde ontem, a população do bairro enfrenta a falta de água devido ao estouro de um cano, exposto após a execução da obra de drenagem na região. Além disso, a tempestade que caiu recentemente alagou diversas residências, com a água invadindo casas e danificando móveis e documentos. A ausência de um sistema adequado de drenagem piora o problema, impedindo que a água da chuva escoe para o “piscinão” projetado para conter o volume de água na rua.

“Estamos sem água desde ontem, desde 10 horas da noite. O cano estourou e até agora nada foi feito. Estamos pedindo socorro para o Noroeste, para a comunidade de . Quando chove, tudo alaga. As ruas não saem, não entram. A situação está insustentável,” desabafa Hellen de Oliveira, 43 anos, moradora da região.

Hellen vive com suas duas filhas e relata que, além da falta de água, muitas casas da vizinhança sofreram com a invasão da água da chuva. Ela também menciona que a lona que usava para abrigar crianças e idosos em atividades sociais e esportivas foi destruída pela tempestade.

Água invade residências

“Tudo molhou, acabou com tudo. Casas de material e barraquinhos estão sendo invadidos pela água. Estamos vivendo uma situação de caos, com crianças e idosos sendo afetados. Não tem como secar nada porque o tempo não ajuda,” relata Cristiane Neves Reginaldo, 39 anos, moradora da comunidade Esperança. Ela tem quatro filhos e teme pela segurança da sua família, já que a chuva tem provocado desabamentos e o risco de animais peçonhentos entrarem nas casas.

A moradora Francisca Gimenes, de 57 anos, aposentada, também compartilhou sua angústia. Ela tem problemas de saúde e não consegue sair de casa devido aos buracos nas ruas e à falta de infraestrutura. “Quando chove, a situação aqui é impossível. Tenho medo de cair e, com a falta de asfalto, nem ambulância consegue passar,” lamenta Francisca.

A insatisfação dos moradores se intensifica com a crítica de Valmira Rigotti, presidente da associação de moradores do bairro, à lentidão das obras. “A obra começou em 2023 e era para ser concluída até julho de 2024, mas até agora nada foi resolvido. A tubulação de drenagem é muito pequena e não está suportando o volume de água. A empresa não está cumprindo o contrato, e a comunidade está sofrendo as consequências,” explica Valmira.

Problema recorrente

Em abril de 2024, dois ônibus atolaram na Rua Urupês devido à condição da via. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, respondeu que avaliaria a situação e tomaria medidas para melhorar o tráfego. Na época, a Prefeitura afirmou que a conclusão da obra de drenagem era essencial para resolver o problema de alagamentos e que a chuva constante dificultava o andamento das obras. Contudo, passados mais de 12 meses, a situação continua a mesma.

“A solução definitiva depende da conclusão da obra de drenagem, mas as chuvas têm atrapalhado o andamento dos trabalhos,” dizia a nota da Prefeitura em 2024.

Procurada pela reportagem, a Sisep informou que a obra está com 50% do cronograma executado. Segundo a nota, foi concluída a parte de drenagem, e ainda falta a pavimentação e meio-fio. Segundo a secretaria, o problema é decorrente das chuvas, que causam erosões no solo arenoso.

“Essa situação vem ocorrendo principalmente na região próximo à divisa com a Chácara dos Poderes, onde as últimas chuvas provocaram o assoreamento da bacia de amortecimento em construção. Como tem chovido com intensidade atípica, o material não está ficando retido na bacia, que está tomada de areia. E com o solo encharcado não é possível colocar as máquinas para trabalharem”, diz a nota.

Já a assessoria da Águas Guariroba foi questionada sobre o reparo no encanamento danificado e a normalização da distribuição de água. Em resposta, a assessoria informou que o serviço de reparo já foi concluído. “As fortes chuvas dos últimos dias acarretaram danos na estrutura da via, deixando a tubulação exposta e danificada. A manutenção já foi concluída e o retorno da pressão na rede de abastecimento deve ser gradativo nas próximas horas”.

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