Mato Grosso do Sul vive ‘boom’ imobiliário impulsionado pela Rota Bioceânica

Em 2024, o setor imobiliário registrou um aumento de 15% nos lançamentos habitacionais

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Imóveis em Campo Grande
Imóveis em Campo Grande (Alicce Rodrigues, Midiamax).

Mato Grosso do Sul tem vivenciado um novo ‘boom’ imobiliário nos últimos anos. Pesquisas apontam que o crescimento está diretamente relacionado a investimentos em infraestrutura, logística e indústrias, como a criação da Rota Bioceânica.

Em 2024, o Estado registrou um aumento de 15% nos lançamentos habitacionais, contemplando tanto empreendimentos verticais quanto horizontais, segundo levantamento da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul).

A Rota Bioceânica é um projeto de integração e desenvolvimento regional que conectará Mato Grosso do Sul ao Oceano Pacífico, facilitando o transporte de mercadorias e promovendo a integração entre países da América do Sul, especialmente Brasil, Paraguai, Bolívia e Chile.

Nesse contexto, a construção da ponte entre Carmelo Peralta, no Paraguai, e Porto Murtinho, no Brasil, é considerada a principal obra da Rota Bioceânica e um marco para o setor da construção civil. Para o presidente da Acomasul, Josimar Romeiro da Silva, esse avanço demanda uma série de investimentos em infraestrutura rodoviária e habitacional.

“Novos lançamentos [imobiliários] serão necessários para poder suportar a demanda de mão de obra e de novos moradores para essas regiões”, afirma Josimar.

Valorização do setor imobiliário atrai investidores

A corretora de imóveis Marcyeli Lopes é uma das que apostaram no mercado aquecido. Ela adquiriu um apartamento no Condomínio Belas Artes, projeto da Cesari Engenharia, e destaca o interesse crescente de investidores.

“Estão vindo muitos investidores de São Paulo e grandes indústrias para o Estado. Tem incorporadora que vai fazer oito lançamentos só este ano e tem outras de fora que estão chegando em Campo Grande. A Capital só tende a crescer”, explica a corretora.

Denis Andreoli, diretor comercial da Imoteca, ressalta que a alta demanda tem favorecido a valorização dos imóveis.

“Os apartamentos do Condomínio Belas Artes, por exemplo, já tiveram uma valorização superior a 40%. O imóvel que a Marcyeli comprou por R$ 210 mil hoje está avaliado em R$ 300 mil pela Caixa Econômica Federal”, revela Denis.

Dos 60% dos 782 apartamentos do Condomínio Belas Artes já estão comercializados, assim como 43 lojas planejadas para o empreendimento.

Outro fator que contribui para a valorização imobiliária é o anúncio da retomada das obras do Centro de Belas Artes pela prefeitura de Campo Grande. Conforme a Acomassul, o projeto promete fortalecer ainda mais o mercado na região, que já conta com novos empreendimentos, como um condomínio de 200 apartamentos que aguarda a conclusão do Estudo de Impacto de Vizinhança.

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