Pelo 7º mês consecutivo a inadimplência das empresas brasileiras bateu o recorde da série história e chegou, em julho, aos 8 milhões de CNPJs (Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica) nesta situação. Em Mato Grosso do Sul, 108.667 negócios estão endividados.
Os dados são do Indicador de Inadimplência das Empresas, elaborado pela Serasa Experian.
Em MS, de abril a junho, a quantidade de empresas inadimplentes saltou de 91.934 para 105.453, o que representa adição de 13.519 CNPJs. Juntas, essas empresas somam R$ 2.751.356.495 em dívidas, o que representa uma dívida média de R$ 26.090,83 por negócio.
Números nacionais
Em relação aos números brasileiros, houve aumento de mais de 200 mil negócios inadimplentes desde junho no Brasil, e de 1,1 milhão na comparação com julho de 2024.
O ticket médio das dívidas também atingiu a máxima histórica da série: R$ 3.302,30. Esse valor indica média de 7,3 dívidas por empreendimento. Juntas, todas as dívidas somam R$ 193,40 bilhões.
A economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, explica que “as empresas têm contraído dívidas cada vez mais altas, muito por conta do ambiente de juros elevados e a concessão de crédito mais criteriosa, o que deixa o ambiente está mais restritivo para renegociações de dívidas e prazos.”
Para ela, a situação pode piorar ainda mais neste segundo semestre. “Observamos que o segundo semestre pode ser ainda mais crítico para os negócios, com as projeções de desaceleração na atividade econômica exercendo uma pressão ainda maior nos ganhos e na margem de lucro, principalmente para aquelas de menor porte”, completa a economista.
Maiores inadimplentes
Em julho, as pequenas e médias empresas continuaram sendo as mais impactadas pela inadimplência no país, representando 7,6 milhões do total de 8 milhões de CNPJs afetados. Juntas, concentraram 54 milhões de dívidas negativadas, o que representa R$ 174,1 bilhões em dívidas.
De acordo com o indicador, o setor de “Serviços” concentrou a maior fatia dos CNPJs negativados em julho, respondendo por 54,1% do total. Na sequência, apareceram os segmentos de “Comércio” (33,7%) e “Indústria” (8,0%).
As categorias agrupadas como “Outros”, que incluem empresas do ramo Financeiro e do Terceiro Setor, representaram 3,2%, enquanto o setor Primário completou a lista com 1,0%.
A maioria das dívidas foi inadimplida no segmento de “Serviços” (31,8%) seguido por “Bancos e Cartões” (19,8%).

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