A caminho do trabalho, a atendente de restaurante Sarah Helena Oliveira teria tomado um susto no ônibus do Consórcio Guaicurus, linha 110 (Parque do Sol), na manhã desta quarta-feira (3). “Quando foi fazer a curva, a janela caiu em cima de mim e estourou o vidro todo no meu corpo”, relata a passageira.
Hoje (3), reportagem do Jornal Midiamax mostrou que os ônibus sucateados que atendem Campo Grande são mais velhos que a média de frotas no país. Enquanto a média é de 6,5 anos no Brasil, o Consórcio Guaicurus mantém quase 100 ônibus com mais de 10 anos circulando na Capital de Mato Grosso do Sul.
Por sorte, Sarah Helena não teve cortes, nem precisou de atendimento médico, ficando apenas com alguns arranhões. No entanto, a atendente afirma que o motorista do veículo não teria prestado socorro. “Ficou muito caco preso em mim, dentro da roupa, tudo. Mas, o motorista nem parou para prestar apoio”, lamenta.
O pai de Sarah, Ivonilson Oliveira, compartilhou sua indignação com a reportagem. “Simplesmente despencou um vidro nela e o mais absurdo é que ninguém, sequer, perguntou como ela estava. Nem o motorista, nem um fiscal. Ela poderia ter cortado a cabeça, precisou trocar de roupa porque estava cheia de cacos de vidro”.
Ônibus sem janela?
Depois de saber que a filha estava bem, Ivonilson teria ido até o terminal Aero Rancho, destino final da linha 110, pedir esclarecimentos à equipe do Consórcio Guaicurus. “Você acredita que o ônibus está circulando sem o vidro? Eu vi ele passando, com o vidro quebrado, justo na hora que estava conversando com o fiscal”, afirma.
“Que absurdo, é um descaso, a gente fica indignado. Pelo menos, deviam ter perguntado para minha filha se ela estava bem. Ninguém viaja de graça, a passagem é cobrada e minha filha pagou. Então, não é um favor, não é carona”, desabafa Ivonilson Oliveira.
Atualmente, a passagem custa R$ 4,75 aos usuários e a tarifa técnica, cobrada à Prefeitura, é de R$ 5,95. No entanto, o Consórcio Guaicurus quer subir o valor técnico para R$ 7,79, conforme pedido feito à Justiça. A Prefeitura de Campo Grande recorreu da decisão, que determina 15 dias para o aumento.
A reportagem solicitou um posicionamento ao Consórcio Guaicurus, mas não recebeu resposta. O espaço segue aberto.
Sarah Helena Oliveira registrou o que seriam cacos de vidro no chão e banco do ônibus. Veja o vídeo:
💬 Fale com os jornalistas do Midiamax
Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?
🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.
✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.
(Revisão: Bianca Iglesias)