O Instituto Taquari Vivo divulgou, nesta segunda-feira (15), um balanço do projeto Rede de Sementes Flor do Cerrado, que está auxiliando na preservação e fonte de renda de famílias que vivem no bioma sul-mato-grossense. Desde 2022, mais de 10 toneladas de sementes foram coletadas e 100 espécies nativas estão sendo cuidadas.
A iniciativa é feita em parceria com o WWF-Brasil e a ARCP. Desde a criação, cerca de R$ 500 mil incorporados diretamente às comunidades, beneficiando mais de 100 coletores. Há quatro núcleos de coleta das sementes: Comunidade Quilombola Furnas da Boa Sorte, Assentamento Andalucia (Grupo Gueroba), Assentamento Alambari (Grupo Embaúba) e Comunidade Quilombola Santa Tereza.
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Conforme a organização, a iniciativa intermédia o processo de produção de sementes nativas, por meio de coleta de sementes pelos moradores que são vendidas para projetos de restauração e recuperação de nascentes no estado de Mato Grosso do Sul.
O impacto é duplo, o cerrado volta a florescer e as famílias conquistam renda extra, como acontece nas famílias da Comunidade Santa Tereza, em Figueirão. Lá, a coleta de sementes deixou de ser apenas uma atividade complementar para se tornar fonte de renda, oportunidade e esperança.
Fonte de renda
Rosamaria Cardoso dos Reis é uma das coletoras que teve a vida transformada pela fonte de renda do projeto. Ela já chegou a entregar 346 quilos de sementes em uma única coleta, garantindo R$ 4 mil em renda.
“Da venda dessa semente eu consegui comprar outras sementes de pastagem para a reforma de pasto. Tenho vaca, carneiro e cavalo. Futuramente quero planejar outras melhorias, como arrumar minha casa e comprar móveis. A importância é que a gente ajuda a preservar e incentiva também os novos a não destruir. Onde há muita queimada, a gente fala que tem que ter muito cuidado com o fogo, porque um descuido pode causar grandes estragos”, relata.
Outro coletor relembra que, em uma safra, chegou a vender 31 espécies diferentes, obtendo a maior renda de sua trajetória. Atualmente, a renda média anual por coletor na Rede é de R$ 4.150,00.
Projeto em MS
O instituto tem expectativa de ampliar a coleta e chegar a R$ 11 mil anuais por coletor até 2030, gerando recursos que garantem não apenas a subsistência, mas também investimentos em saúde, educação e bem-estar.
“Este fortalecimento da rede está diretamente ligado ao Projeto Caminhos das Nascentes, executado pelo ITV, que visa recuperar mais de 100 hectares na bacia do rio Taquari, no PENT (Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari). Só essa iniciativa demandará mais de 8 toneladas de sementes nos próximos dois anos. O projeto integra o programa Floresta Viva, financiado pelo BNDES, Petrobras e gerido pelo FUNBIO, que destina recursos a projetos de restauração ecológica em diferentes biomas brasileiros”, diz o instituto.
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