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Cotidiano

Inflação cai em junho, mas acumulado ainda supera média nacional em Campo Grande

Em junho, o IPCA registrou queda de -0,08% em Campo Grande, mas segue em 5,52% nos últimos doze meses
Lethycia Anjos -
Alimentação pressionou alta (Foto: reprodução)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerrou o mês de junho com queda de -0,08% em Campo Grande, cerca 0,21 pontos percentuais abaixo do registrado em maio, quando a inflação chegou a 0,13%. Em junho de 2024, a variação havia ficado em 0,29%.

Apesar da queda, no acumulado dos últimos 12 meses, Campo Grande registra uma inflação acumulada de 5,52%, índice acima da média nacional de 5,35%. O percentual também supera os 4,57% dos 12 meses imediatamente anteriores.

No ano, o IPCA acumula alta de 2,75%, enquanto no Brasil, o IPCA de junho ficou em 0,24%, 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de maio (0,26%). No ano, o país registra alta de 2,99%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Habitação teve a maior variação do mês

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, a maior variação ocorreu no grupo Habitação (0,98%), responsável pelo maior impacto (0,15 p.p.) no índice de inflação do mês, seguido de Educação (0,36% e 0,001 p.p.).

Além disso, a pesquisa identificou quedas nos grupos Alimentação e bebidas (-0,51% e impacto de -0,12 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (-0,44% e impacto de -0,06p.p.) e Transportes (-0,25% e -0,05 p.p. de impacto).

Alimentação tem queda acentuada em junho

banana
Banana teve maior queda (Arquivo, Agência Brasil)

O grupo Alimentação e bebidas intensificou o recuo, passando de -0,12% em maio para -0,51% em junho. A principal contribuição veio da alimentação no domicílio, que registrou queda de 0,67%. Entre os itens que mais influenciaram o resultado estão: banana-d’água/nanica (-8,47%), mamão (-6,38%), laranja-pera e ovo de galinha (-5,07%).

Por outro lado, alguns produtos apresentaram alta no mês, como a maionese (3,35%), farinha de trigo (3,22%), feijão-carioca rajado e tomate (2,82%). A alimentação fora do domicílio ficou estável (0,00%). Os subitens lanche (0,29%) e outras bebidas alcoólicas (0,74%) registraram aumento, enquanto o sorvete teve queda de 0,92%.

Conta de luz pesa no bolso dos campo-grandenses

Conta de energia (Divulgação, Energisa)

Em Campo Grande, o grupo Habitação registrou alta de 0,98% em junho, puxado principalmente pelo aumento na energia elétrica residencial, que subiu 2,80% devido à adoção da bandeira tarifária vermelha, patamar 1.

Outros itens que contribuíram para a alta foram sabão em pó (1,87%), saco para lixo (1,46%) e água sanitária (1,01%). Já no lado das quedas, destaca-se o sabão em barra (-1,18%) e o gás de botijão (-0,69%).

Primeira queda no grupo Saúde em 2025

O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou a primeira variação negativa do ano, passando de 0,15% em maio para -0,44% em junho. Entre os itens que mais contribuíram para essa queda estão perfumes (-3,06%), medicamentos hipotensores e hipocolesterolêmicos (-2,30%) e anti-inflamatórios e antirreumáticos (-2,09%).

Em contrapartida, nos destaques de alta estão papel higiênico (2,31%), artigos de maquiagem (2,09%) e absorventes higiênicos (1,77%).

Combustíveis puxam queda no grupo Transportes

O grupo Transportes teve retração de -0,25% em junho, contribuindo com -0,05 ponto percentual (p.p.) no índice geral. As principais quedas foram registradas no óleo diesel (-3,62%) e na passagem aérea (-3,2%). No entanto, o item com maior impacto negativo foi a gasolina, que caiu 1,38% e puxou o índice para baixo em 0,10 p.p., seguida pelo automóvel novo (-0,61%, com impacto de -0,02 p.p.).

Entre as altas, destaque para o transporte por aplicativo (14,5%), que teve impacto de 0,04 p.p. no mês e acumula aumento de 42,64% em 12 meses. As passagens de ônibus interestadual também subiram (4,97%), impactando o índice em 0,01 p.p.

gasolina
Posto de gasolina (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Artigos de residência sobem, mas vestuário e despesas caem

Artigos de residência tiveram variação positiva de 0,36%. As maiores altas de inflação foram de tapetes (2,78%) e móveis para copa ou cozinha (1,96%). Em contrapartida, houve queda nos artigos de iluminação (-2,75%) e utensílios de vidro e louça (-1,51%).

O grupo Vestuário apresentou recuo de -0,08%, puxado por tecidos e armarinho (-3,65%) e calça comprida feminina (-2,66%). No lado das altas, destacam-se joias e bijuterias (3,59%) e bolsas (3,14%).

Despesas pessoais registraram leve queda de 0,02%, influenciada por serviços como higiene de animais (-1,55%), casas noturnas (-1,31%) e serviços de cabeleireiro e barbeiro (-1,02%). Em alta, destaca-se o serviço de design de sobrancelhas (2,75%).

Educação segue estável e comunicação mantém queda

O grupo Educação manteve a variação de 0,02% registrada em maio, acumulando sete meses seguidos de altas. O resultado foi impulsionado pela alta inflação de itens como caderno (1,44%) e livro didático (0,13%). O único item com queda foi o que abrange atividades físicas (-0,11%).

Já o grupo Comunicação registrou nova queda, de -0,21% em junho, após -0,02% no mês anterior. A variação negativa foi puxada exclusivamente pelos aparelhos telefônicos (-1,23%), já que os demais subitens permaneceram estáveis.

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