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Cotidiano

Inflação cai pelo 3° mês seguido em Campo Grande, com IPCA de agosto em -0,28%

Conforme o IBGE, os principais setores que levaram à deflação na Capital neste mês são habitação, alimentação e transporte
Murilo Medeiros -
Imagem ilustrativa (Foto: José Cruz, Agência Brasil)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) voltou a cair em Campo Grande no mês de agosto. O município registrou deflação de -0,28% em um mês. Já no acumulado de 2025, a inflação tem alta de 2,26% e, em comparação com os últimos 12 meses, de 4,68%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta quarta-feira (10).

Todos os resultados reforçam a tendência de queda da inflação, iniciada em junho. No Brasil, o IPCA fechou em -0,11% em agosto, sendo que apenas a Grande Vitória, Brasília e São Pauto tiveram alta nos preços. Campo Grande obteve a 4ª maior deflação, ou seja, é a 4ª cidade com maior quedas nos preços em agosto, atrás de Porto Alegre (-0,40%), Goiânia (-0,40%) e (-0,34%).

Conforme o , os setores que levaram à deflação de 0,28% na Capital são habitação, alimentação e transporte. “Somados, esses três grupos foram responsáveis por -0,35 ponto percentual de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria positivo”, informou Felipe Senna, técnico do IBGE em MS.

Gastos com habitação puxam a deflação

Em agosto, o setor de habitação registrou a maior queda da inflação em Campo Grande, fechando em -1,87%. O que influencia esta variação é, principalmente, o valor da , que registrou IPCA de -4,98%, além de combustíveis e energia (-3,65%).

O IBGE indica que o preço da energia caiu em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, apesar de estar em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos.

Além disso, segundo a pesquisa, os preços de aluguel residencial caíram 0,9%, de encargos e manutenção 0,37%, de materiais hidráulicos 0,84%, de detergente 1,44% e de amaciantes, 1,33%. No entanto, houve alta em valores de itens como botijão de gás (0,46%), mão de obra (0,68%), cimento (3,1%) e reparos (0,38%).

Em comparação com os últimos 12 meses, o setor registra alta de 3,27% na Capital. Já no ano de 2025, a alta é de 1,69%. No Brasil, o setor também fechou em queda (-0,9%) na comparação mensal.

Alimentação, vestuário, transportes e comunicação em queda

O setor de alimentação e bebida registrou deflação de 0,17% em Campo Grande no mês de agosto. O resultado é influenciado pelos preços de itens como arroz (-2,38%), tubérculos, raízes e legumes (-6,03%), batata-inglesa (-6,51%), tomate (-9,62), balas (-3,71%), alface (-3,65%), mamão (-8,28%), costela (-5,53%) e alho (-4,05%). Esta é o 4º mês seguido de deflação para o setor.

Já os itens de vestuário tiveram queda de 0,10%. As principais quedas de preço foram de agasalhos femininos, com -2,70%, lingerie -3,68%, bermuda infantil -3,05%, camiseta/camisa infantil -2,99%, vestido -2,36%, bolsas -3,07% e joias -2,36%.

No caso do setor de transportes, a queda dos valores foi de 0,12%, puxada por ônibus intermunicipal (-1,59%), passagem aérea (-2,66%), conserto de automóvel (-316%) e automóvel usado (-1,44%). Já os itens de comunicação caíram 0,23%, com destaque para a queda de 1,61% nos preços de aparelhos telefônicos.

Nos últimos 12 meses, a variação da inflação de alimentos foi de 8,57%, de vestuário 3,35%, de transportes 2,94% e de comunicação 0,56%. Em 2025, os variação acumulada dos alimentos é de 0,81%, de vestuário 1,59%, de transportes 2,31% e de comunicação 0,43%.

Saúde, educação, despesas pessoais e itens de casa em alta

O setor de saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,32% em agosto, sendo a segunda alta consecutiva.
O que puxou a variação foram os subitens óculos de grau (3,12%), perfume (2,91%) e absorvente higiênico (2,77%). No lado oposto, subitens que mais contribuíram foram o antidiabético (-3,12%), o anti-infeccioso e antibiótico (-3,04%) e o papel higiênico (-2,85%).

Já o grupo artigos de residência teve variação mensal de 0,41%. Os subitens com as maiores altas foram fogão (3,05%) e tapete (2,91%). Já as despesas pessoais ficaram 0,13% mais caras, com influência dos jogos de azar (3,60%), brinquedos (3,00%) e bicicletas (2,91%).

Por fim, o setor da Educação manteve a alta de 0,20% em agosto. Esse é o nono mês seguido de
variações positivas, segundo o IBGE. As principais influências são o preço da autoescola (1,50%), do ensino
fundamental (0,76%) e pós-graduação (0,47%).

INPC de -0,31%

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de Campo Grande caiu 0,31% em agosto, 0,04 ponto percentual a menos que no mês passado. No acumulado do ano, o índice registra alta de 2,07%. Já nos últimos 12 meses, subiu 4,78%. Todos os valores estão abaixo da média nacional pelo segundo mês seguido.

Registram baixa do INPC: alimentação e bebidas (-0,19%), habitação (-1,77%), comunicação (-0,29%) e transportes (0,22%). No entanto, subiu o INPC dos seguintes itens: despesas pessoais (0,06%), artigos de residência (0,61%) e vestuário (0,15%),saúde e cuidados pessoais (0,49%) e educação (0,31%).

O INPC mede a inflação para famílias com rendimento entre 1 e 5 salários mínimos, sendo o chefe da família assalariado; já o IPCA é mais amplo, considerando famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte.

A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas — Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, , Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre —, além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju

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