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Cotidiano

Iguaria irresistível e afetuosa, chocolate transforma a vida de empreendedores campo-grandenses

No Dia do Chocolate, o Midiamax conversa com quem se dedica ao produto e vê nele um caminho de realização
Jennifer Ribeiro -
Chocolate, além de irresistível, é fonte de renda para campo-grandenses (Reprodução, Arquivo Pessoal)

Você sabia que o chocolate, uma das iguarias mais apreciadas no mundo, tem um dia só pra ele? Pois é, 7 de julho! Embora não haja uma explicação concreta sobre a escolha, a data traz luz a um insumo, não só irresistível e afetuoso, mas capaz de transformar as vidas de empreendedores.

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Seja em cozinhas improvisadas ou em pequenos ateliês, milhares de pessoas encontraram no chocolate uma oportunidade de recomeçar, gerar renda e construir o negócio próprio.

Neste Dia do Chocolate, o Jornal Midiamax conversou com quem se dedica ao produto e vê nele um caminho de realização.

Sonho de criança tomando forma

Vinícius Lenz dos Reis, de 22 anos, trabalha com sorvete e bombom desde os 8. Cresceu vendo sua mãe trabalhar com chocolate e logo se apaixonou pelas possibilidades que o insumo oferece. Empreender, para ele, sempre foi algo natural. Sendo seu sonho trabalhar para ter o próprio dinheiro, começou a produção na confeitaria.

“Com 12 anos migrei para os geladinhos gourmets e trabalho com eles até hoje, assim como os bombons e bolos no pote. Sou consultor comercial de , mas tenho minha empresa VLR Gourmets”, destaca.

O jovem é um dos tantos campo-grandenses que percorrem as ruas de oferecendo os doces que produz. Nutella, KitKat ou cookies, tudo vira possibilidades para integrar um doce novo no cardápio. Segundo Vinícius, nesses dez anos de negócio, sua maior alegria é saber que permanece em crescimento e que tudo caminha para a realização do seu sonho: a de inaugurar a primeira loja física de geladinho gourmet de Campo Grande.

“Quero consolidar minha empresa, trazendo junto os bombons, bolo no pote e outras sobremesas que poderei lançar. Meu objetivo no futuro é dar o melhor para a minha família através da minha empresa”, pontua.

Vendas nos bairros de Campo Grande

Junto ao seu pai, Vinícius percorre diversos bairros de Campo Grande, como o Pioneiros, Parati e Vilas Boas, por exemplo. A ideia é expandir a rota de vendas.

“Costumo levar geladinho gourmet, bombom e bolo no pote. Como trabalho com três itens, tem dias que vendo, por exemplo: 10 bolos, 10 bombons, 20 geladinhos, varia bastante. Nesses dias de frio, por exemplo, praticamente não tem venda na rua, pois oferecemos para o pessoal na mesa, e o campo-grandense se esconde no frio”, brinca.

E sim, este é um grande desafio. Campo-grandense não está acostumado com o frio e nos dias de temperaturas amenas, evita sair para lugares abertos. Isso, claro, não é um impedimento para as vendas, apenas, um obstáculo a ser encarado com muito esforço.

“Ontem mesmo, no bairro Pioneiros, em todos os comércios a gente via uma, duas mesas preenchidas, e vários lugares completamente vazios, mas damos nosso jeito. Em geral, as pessoas são receptivas, principalmente pela nossa forma de apresentação. Hoje trabalhamos com tudo personalizado: as caixinhas, os uniformes, os cardápios. Acredito que isso faz muita diferença, assim como o primeiro contato com o cliente, pedindo licença e apresentando a empresa e os produtos de forma bem profissional”, frisa.

Vinícius não sabe quando conseguirá abrir sua loja física, mas tem certeza que, através dos doces que produz com sua mãe, cuidadosamente, chegará lá.

De pequenas vendas para o sucesso absoluto

Assim como Vinícius, Maria Eronita Batista, ou Anita, como é conhecida pelas campo-grandenses, começou na confeitaria vendendo bombons artesanais antes mesmo do mercado se popularizar. Vendedora nata e cozinheira de mão cheia, Anita parava nas repartições, oferecia seus quitutes e rapidamente vendia toda sua produção. Com doces deliciosos e uma clientela satisfeita, propaganda nem precisava. Um cliente ia falando para o outro e logo seu nome se popularizou.

O grande ‘boom’ veio em 1994 quando, na , Anita passou a vender bolos em uma das barracas. As três primeiras receitas foram ensinadas por uma amiga: bolo de abacaxi, brigadeiro e chocolate com creme. Por seu carinho e atenção com cada cliente que chegava para conhecer seu trabalho, logo todos os campo-grandenses passaram a conhecê-la. Para a confeiteira, este contato com seus clientes sempre foi fundamental e carrega todos, com muito amor, no coração.

A expansão de seu negócio foi consequência de muito trabalho, dedicação e paixão pela profissão. Anita deixou a Feirona para construir novas memórias, agora, num lugar só seu, um império no bairro Cabreúva.

“Para quem está começando, digo para seguir firme no sonho, insistir, mudar de caminho, de ramo. Não é impossível para quem sabe que sonho foi feito para sonhar e realizar!”

Planejamento, foco e pé no chão

Empreender pode ser desafiador, mas, com as ferramentas certas, é possível conquistar um negócio sólido. Carlos Henrique de Oliveira, analista-técnico do -MS, explica que antes de empreender é preciso ponderar algumas questões: você tem aptidão pra área? Está disposto a dedicar o tempo que uma empresa exige? Estará disposto a dedicar sua vida ao empreendimento? E lidar com o público?

Questionamentos respondidos, hora de analisar mais atentamente seu futuro negócio. Antes de decidir quais produtos ou sabores serão vendidos, é preciso analisar seu público-alvo, ou seja, quem serão seus futuros clientes e suas preferências. Depois, é importante selecionar bem os insumos que usará para produzir seus doces. É fundamental que tudo seja de qualidade. O terceiro passo é testar seu produto e validá-lo, não o oferecendo apenas para amigos e familiares, mas também para outras pessoas que possam indicar pontos de melhoria. Saber ouvir opiniões e sugestões ajudará bastante.

“Achar que é um produto bacana é uma coisa. Formal ou informal, é um modelo de negócio e ele precisa dar lucro. Então a pessoa que deseja empreender precisa precificar o produto adequadamente, ter planejamento, garantir que seu produto seja bom. No fim, o principal objetivo é vender e ter lucro com isso. Se a pessoa não se planeja, ela acaba exercendo um esforço desnecessário e muitas vezes pode acabar desistindo de um projeto bom, que não deu certo por falta de estratégia, gerando uma frustração”, explica Carlos.

O analista pontua que é importante avaliar também os custos que a produção exigirá para além dos ingredientes. Por exemplo: se antes você gastava R$ 100 de água e com a produção passou a gastar R$ 120; usava 1 botijão de gás por mês, mas agora usa 1/2, são custos da empresa. Esse valor, assim como preços de embalagens, do marketing, devem ser considerados no valor final do seu doce.

Modelos termômetros

Considera-se ainda três modelos ‘termômetros’ para seu negócio, que ajudarão você a saber se ele será um sucesso: você consegue vender seus doces? Existe volume de vendas — ou seja, você vende em boa quantidade? — e por fim, preço compensador — você consegue pagar fornecedores, suas contas e ainda ter lucro?

“O caminho natural é buscar ajuda. O Sebrae, por exemplo, ajuda a transformar o modelo de negócio, ensina a legislação, o que nessa área de alimentação é muito importante. Imagina um cliente comprar um doce, comer e passar mal? Lógico, não terá sido intencional, mas às vezes, por não ter conhecimento técnico, um produto que você considerou bom para consumo, na verdade, não era. Importante saber tudo sobre vigilância, manipulação de alimentos, leis, requisitos dentro das boas práticas, para que não ocorram problemas”, explica.

Carlos pontua que é fundamental para que os novos empreendedores tenham a consciência de que não basta achar o mercado legal, ou apenas um caminho facilitador de renda. É preciso ter um alicerce e dar passos seguros e conscientes.

“Você não pode começar dando um tiro no escuro. É importante entender que riscos sempre existirão, mas com preparo, você saberá avaliar quais riscos são evitáveis ou inevitáveis. O problema não é correr riscos, o problema é não saber quais riscos vai enfrentar”.

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