O bairro Guanandi em seus 50 anos de história tornou-se um dos principais da cidade, com infraestrutura e desenvolvimento do comércio, se destacando por uma peculiaridade: é local da maior feira livre da cidade. Com o fluxo intenso de pessoas, nas manhãs de domingo, os comerciantes locais aproveitam também para abrirem suas portas, na expectativa de atraírem os milhares de clientes da feira.
Nos próximos dias, o Jornal Midiamax fala sobre o desenvolvimento desta região em seu novo projeto, o Fala Povo: Midiamax nos Bairros. Ao longo desta semana, no site, jornal impresso e programa televisivo do Jornal Midiamax (canal 4 da Net), várias histórias serão mostradas, além de curiosidades, pontos gastronômicos, segurança e tudo o que envolve o cotidiano da população local.
A partir da segunda-feira (22), você acompanha reportagens que vão culminar com uma edição ao vivo do programa, transmitida da região no próximo dia 27 de setembro, próximo sábado.
Feira do Guanandi
A feira livre do Guanandi, por sua vez, se estende por dez quarteirões da Rua Barra Mansa, reunindo centenas de feirantes. O hábito de abrir as portas nos domingos de manhã, um horário “não usual” para o comércio de bairro, é a resposta direta ao movimento da feira.
Comerciantes locais afirmam que neste período de poucas horas no domingo, o lucro de vendas chega a ser maior do que o restante da semana. É o caso da comerciante Ana Alice Eliezer, de 32 anos.
Proprietária de uma loja de roupas, ela percebe que “já foi bem melhor” o movimento durante a semana. No entanto, o domingo segue sendo um momento para aumentar as vendas. “Aqui a gente tem um ponto muito bom, que é a feira do bairro no domingo de manhã. Então geralmente o domingo dá uma movimentada mais, tem mais movimento, mais gente”, revela.
Assim, Ana e seu marido, que iniciaram o negócio online durante a pandemia, são exemplos da resiliência dos comerciantes locais, buscando alternativas para prosperar. Além da loja física, eles mantêm um box no camelódromo e investem na venda pela internet, mostrando que a adaptabilidade é uma das chaves para a sobrevivência do comércio do Guanandi.



Relojoeiro é testemunha do desenvolvimento
Quem também aproveita para abrir aos domingos de manhã é o relojoeiro Germinio Luiz da Silva, de 70 anos. “É muita gente. Quem tem comércio, a maioria dele abre tudo aqui. É normal, todo mundo abre aqui”, conta.
Portanto, com 50 anos de história no bairro, Germinio é mais do que um comerciante; ele é um guardião do tempo. Sua relojoaria é um testemunho vivo do crescimento do Guanandi. “Quando eu cheguei aqui não tinha nada, hoje tem de tudo,” ele recorda.
Ele conta que seu serviço é procurado não apenas por clientes do bairro, mas também de outras partes da Capital e até de fora do estado.
“A gente não é perfeito, mas faz o melhor serviço que pode. Fazendo isso, um chama o outro, dizem que sou bom. Bom? Não, eu não sou bom, né? Mas faço o melhor possível” diz, com a humildade de quem construiu uma vida com dedicação e honestidade.



Açaí é ponto de encontro para jovens
Há também quem não abra aos domingos, mas instalada na rua da feira, aproveita o seu movimento durante os dias da semana. É o caso da empreendedora Kauana Massaroto, de 28 anos, proprietária de uma açaiteria, que em poucos anos, se tornou um ponto de encontro no Guanandi.
“Aqui se tornou um ponto de encontro, onde há clientes que veem com os amigos, nossos clientes são muito acolhedores. Temos clientes que passam horas aqui, por isso mantemos um ambiente gostoso aqui na Estação do Açaí”, disse.
No entanto, a empreendedora aponta para os desafios. Embora o comércio cresça, muitas portas se fecham, e ela sugere que “deveria ter algo voltado ao comércio para dar mais incentivo para os empresários estarem de portas abertas”.
Neste cenário, o Guanandi é mais um exemplo do empreendedorismo local nos bairros de Campo Grande. A feira livre, por sua vez, não é apenas um evento, mas um motor que impulsiona a economia local, mantendo vivo o empreendedorismo dos pequenos negócios.


(Fotos: Madu Livramento, Jornal Midiamax)
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