Nesta quinta-feira (19) se comemora o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme. Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 125 casos de doença falciforme registrados em 2024, conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Além disso, de 2020 a 2023, foram registrados 12 óbitos em decorrência da doença no estado.
Diante disso, o Governo do Estado anunciou nesta data as medidas adotados com objetivo de garantir o cuidado integral dos pacientes. Uma destas é a criação de um Grupo de Trabalho interinstitucional, coordenado pela Gerência de Equidade em Saúde.
A estratégia visa reforçar a linha de cuidado voltada aos pacientes, com ampliação do diagnóstico precoce, qualificação da rede pública e acompanhamento especializado em unidades de referência.
O foco das ações é garantir cuidado integral, desde o Teste do Pezinho, principal meio de detecção da doença nos primeiros dias de vida, assim como atendimento contínuo em serviços especializados, como o Hospital Regional Rosa Pedrossian, o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian e o IPED/APAE (Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos).
Essas unidades realizam exames fundamentais para o diagnóstico e monitoramento da condição, como a eletroforese de hemoglobina, que identifica variantes como HbSS (anemia falciforme), HbSC e HbS-beta talassemia. No Hospital Regional, também está disponível o exame Doppler Transcraniano, indicado para prevenir AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) em crianças de 2 a 16 anos com a doença.
Apenas entre janeiro a maio deste ano, o ambulatório do Hospital Regional realizou 18 atendimentos. No Hospital Universitário, 66 pacientes com mais de 14 anos estão em acompanhamento — 40 mulheres e 26 homens. Já o IPED/APAE segue responsável por novos diagnósticos, mantendo um serviço especializado de excelência.
Além disso, foram realizadas ações preventivas, imunização, uso profilático de penicilina e orientações às famílias para o reconhecimento de sinais de alerta. Todas as ações seguem diretrizes fundamentadas em evidências científicas e no princípio da equidade.
Apesar dos avanços, a falta de informação ainda é um obstáculo. “Muitas pessoas desconhecem os sintomas, os riscos e até mesmo os serviços oferecidos pelo SUS. Isso contribui para diagnósticos tardios e agravamento do quadro clínico”, alerta a gerente de Equidade em Saúde da SES, Aparecida Queiroz Zacarias Silva.
Formação continuada
Para enfrentar tais desafios, um curso autoinstrucional Doença Falciforme para além do Gene – Uma abordagem biopsicossocial, foi lançado pela SES, em parceria com a Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser. A formação tem 40 horas e está disponível gratuitamente na plataforma https://ead.saude.ms.gov.br, voltada a profissionais de saúde do SUS.
A qualificação busca ampliar o conhecimento da rede e fortalecer um atendimento mais humanizado e sensível às especificidades da doença, que pode causar crises de dor, infecções, AVC e outras complicações graves desde o primeiro ano de vida. [Com informações da Agência de Notícias MS)
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.