A GCM (Guarda Civil Metropolitana) tentou retirar famílias que querem ocupar terreno da prefeitura de Campo Grande na Rua Bororós, bairro Tijuca II, mas o grupo voltou ao lote após a saída dos guardas. Eles alegam que estão na fila da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), mas nunca foram contemplados, e que o terreno é abandonado. Moradores do bairro apoiam a ocupação e levam comida aos manifestantes.
“Moro na região e pago aluguel, fiz inscrição na Emha, mas nunca consegui casa. Nós queremos esse espaço porque há mais de 40 anos ninguém nunca cuidou daqui. Queremos limpar o lote, acabar com a bandidagem, cuidar e deixar a área bonita”, explica Maria de Lourdes da Silva, 56 anos, uma das ocupantes. Segundo ela, vizinhos do local pagam a limpeza do terreno público a cada seis meses.
Agentes da GCM negociaram a retirado do grupo do terreno, mas as famílias voltaram à área assim que os guarda foram embora. Porém, um guarda afirmou à reportagem que equipe da GCM seguirá fazendo rondas pela rua Bororó, com objetivo de impedir a ocupação e o retorno do grupo ao espaço.
A reportagem do Jornal Midiamax apurou que moradores do local apoiam a ocupação, como forma de manter o terreno limpo e em boas condições. Inclusive, uma vizinha do lote levou panelas de comida para os ocupantes almoçarem.

Suposta venda irregular
Além de reclamar da falta de manutenção e limpeza do terreno, o grupo também alega que dois funcionários da Emha teriam vendido clandestinamente uma porção do mesmo lote a terceiros. Segundo os ocupantes, a área deveria ser destinada a famílias cadastradas na agência, para construção de moradias populares.
“Tem gente dentro da Emha que está vendendo terreno aqui, já tem lote cercado, mas eles não precisam disso. É trabalho da GCM tirar a gente, eu entendo, mas porque não tiram os outros também? Aquele muro está sendo construído por gente que comprou terreno irregularmente. Somos mães e pais que trabalhamos para sustentar nossos filhos, enquanto eles podem pegar terreno aqui e vender”, alega Maria de Lourdes da Silva.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a administração municipal solicitando um posicionamento sobre essas alegações e aguarda retorno.
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